Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Plataforma criada por piauiense ensina idiomas através de games

A ferramenta, que tem como foco alunos de 4 a 12 anos de idade, deverá ser lançada ainda neste mês

12/04/2021 11:18

Aprender uma língua estrangeira é um desafio para qualquer pessoa que busca ir além de seu idioma materno. Em todo o mundo, metodologias de ensino são estudadas por pesquisadores que buscam tornar essa aprendizagem cada vez mais rápida e ao mesmo tempo uma tarefa agradável e eficiente. Um desses estudos é da pesquisadora piauiense Aratuza Rocha.


Com 10 anos dedicados a essa área, ela desenvolveu com o auxílio da tecnologia uma plataforma que ensina línguas estrangeiras de uma forma descontraída e com a utilização clássicos da literatura infantil mundial. Batizada de “Leia”, a plataforma possibilita o aluno comparar a sua pronuncia com a disponibilizada na ferramenta.

“A plataforma Leia surgiu de pesquisa. São no total 10 anos de pesquisa, juntando mestrado, doutorado e grupos de estudos dentro da Universidade Federal do Piauí (UFPI) que foi aprofundando aquilo que começou lá atrás. As pesquisas foram mostrando os sons da língua inglesa para estudantes de escolas públicas; foi por onde tudo começou. Esses anos todos amadureceram e nos permitiram criar um produto para servir a sociedade”, explica Aratuza Rocha, CEO da Leia.

Foto: Reprodução/Freepik - ArquivoPúblico

Na plataforma, são encontrados 30 livros nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola. Após escolher o clássico e o idioma, o aluno escuta a leitura da obra. Logo em seguida, responde as atividades propostas, que envolvem pronúncia e games e, ao final, o estudante recebe um gráfico de desempenho do aprendizado.

Para Aratuza, o benefício da metodologia está ainda na capacidade de interpretação textual observada em alunos que utilizaram a Leia e na compreensão de línguas estrangeiras.

“O objetivo é sanar esses índices ainda tão inferiores dos nossos alunos no cenário internacional. Nossos alunos têm dificuldade na interpretação textual. Quando eles conseguem interpretar bem um texto em língua portuguesa, eles conseguem também fazer uma boa prova de Matemática. Estimular a compressão não só do texto, mas da cultura”, afirma a CEO.

A ferramenta que tem foco nos alunos com idade entre 4 e 12 anos deve ser lançada neste mês de abril e já despertou o interesse de escolas nos estados do Piauí, Ceará e Maranhão. Com o potencial de crescimento, o produto tem atraído também investidores estrangeiros.

“O produto é interessante e chamou atenção de alguns investidores fora do Brasil. Estamos caminhando sem precipitação e no momento vamos atuar no exterior”, pontua Aratuza.

Educação empreendedora é fundamental para gestão de novos negócios

Para cada nível de escolaridade, o Sebrae tem as soluções linkadas para o atendimento

A Plataforma Leia é um dos exemplos de como a educação empreendedora, um dos novos focos do Sebrae, é importante para a gestão de novos negócios. “O Sebrae foi fundamental no quesito internacionalização. Começamos a ver como poderíamos atuar e qual a cultura do negócio”, reconhece Aratuza Rocha.

Gerente de Unidade de Gestão do Sebrae, Érika Lopes esclarece que a educação empreendedora é o viés de um programa do Sebrae que busca trabalhar noções de empreendedorismo com alunos do ensino fundamental. Como liderar, como trabalhar em equipe, resolução de problemas e estudos de casos são as competências desenvolvidas pelo programa. Além dos anos iniciais, o Sebrae atua também com alunos do ensino médio e técnico.

 “Para cada nível de escolaridade a gente tem as soluções linkadas para esse público. E daí eles têm a inspiração para a criação de negócios, vivenciam um plano de negócio. Temos casos de professores que se tornam empreendedores a partir da prática com o aluno”, explica a gerente.

O programa evidencia conhecimento prático de forma lúdica e agradável. Durante as aulas, os alunos constroem produtos a partir do conhecimento teórico e promovem melhorias no negócio com as competências desenvolvidas. Ao final, uma feira é realizada para a comercialização das produções geradas. O Sebrae também disponibiliza a educação empreendedora para alunos do ensino superior

. “Muitas formações você sai com a parte teórica, mas sem noção de gestão. Um médico, um advogado que vai colocar um escritório ele precisa de uma noção de gestão. Esse casamento estamos fazendo para esses alunos do ensino superior”, acrescenta Érika Lopes.

Sebrae e Uespi unidos para disseminar o empreendedorismo

Termo de Adesão foi assinado em reunião online, transmitida pelo Canal da Uespi no YouTube

Uma reunião online marcou a assinatura simbólica do Termo de Adesão do Programa Nacional de Educação Empreendedora, fruto de parceria entre o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, e a Universidade Estadual do Piauí, Uespi.

Marcaram presença na reunião os diretores executivos do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda e Delano Rocha; a gerente da Unidade de Gestão de Soluções e Cultura Empreendedora da instituição, Erika Lopes; o reitor da Uespi, Evandro Alberto de Sousa; a coordenadora geral da Universidade Aberta do Piauí, Angélica Costa; a diretora de Programas e Projetos Educacionais Especiais da Uespi, Luciana Saraiva; a diretora geral do Núcleo de Educação a Distância da instituição, Marcia Percília; a pró-reitora de Extensão, Assuntos Estudantis e Comunitários, Eliene Maria Pierote; a pró-reitora de Ensino e Graduação, Nayana Pinheiro Machado; e a vice-reitora da Uespi, Rosineide Candeia de Araújo.

 “A educação empreendedora é o caminho para mudanças no nosso país. Com o ensino do empreendedorismo, teremos profissionais mais qualificados e com a possibilidade de fazer diferente. Vale destacar, que é a atividade empreendedora que gera a maior parte dos empregos e da renda no Brasil”, destacou o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda.

O Programa Nacional de Educação Empreendedora foi concebido em 2013, pelo Sebrae, com o objetivo de ampliar, promover e disseminar conteúdos de empreendedorismo nos currículos dos diferentes níveis da Educação: Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação Profissional e Educação Superior. Desde então, o Sebrae tem atuado ativamente para ampliar as possibilidades de desenvolvimento do tema junto a professores, estudantes, gestores, e demais atores das comunidades escolares pública e privada.

“Estamos muito felizes em celebrar a adesão da Uespi a esse programa do Sebrae. O Sebrae tem muito a contribuir com o avanço do empreendedorismo. Fortalecer essas parcerias é uma forma de levar, para mais pessoas, conhecimento qualificado e uma metodologia inovadora sobre as práticas empreendedoras”, comentou o diretor técnico do Sebrae no Piauí, Delano Rocha.

Empreendedora de Curitiba transforma a arte de uma mesa posta em negócio

O que era um sonho vindo de boas memórias familiares, virou realidade em uma empresa de sucesso. A “Julieta Rocha – Guardanapos de Estilo” nasceu do laço familiar, sensibilidade e cumplicidade entre mãe e filha que, unidas pelo gosto por tecidos, costuras e mesas bem postas, deram asas à criatividade.

A empreendedora e filha de Julieta, Jusmara Medeiros, explica que a ideia de criar uma empresa que elaborasse produtos de mesa posta (como guardanapos de tecido e porta- -guardanapos artesanais) teve como base a memória afetiva no exemplo da sua mãe.

“Cresci vendo e aprendendo com a minha mãe a importância da união e convivência em família e da simplicidade aliada ao bom gosto em torno da mesa. Enquanto ela costurava, eu observava e gostava cada vez mais das estampas, aviamentos, rendas e organização de mesas. Não era um hobby, mas sim um estilo de vida da minha mãe, que aprendi e incorporei à minha e materializei na criação do negócio”, relata Jusmara.

O ato de reunir pessoas junto à mesa atravessa os séculos. Guardanapos e os outros itens que vão à mesa fazem parte da hora sagrada da refeição e também podem ser ocasiões para as pessoas que amam compartilhar afeto, aromas e sabores. Por isso, para ela, cada mesa posta é um sinal de carinho e dedicação para a família, amigos ou pessoas especiais.

“Nosso objetivo é também inspirar e emocionar famílias e seus convidados, transformando em especial as mais simples ocasiões. É à mesa que refeições são compartilhadas, que negócios acontecem e que pessoas se rendem ao prazer da convivência ou de um agradável reencontro. Pode ser um momento inesquecível em seu dia”, diz Jusmara.

Divulgação em julho de 2020, em plena pandemia, ela iniciou as consultorias online com o Sebrae/PR e, em agosto do mesmo ano, o empreendimento tornou-se realidade. A consultora do Sebrae/PR, Rosângela Angonese, relata que quando a empresária procurou pela instituição, a estruturação do negócio estava em fase inicial e era necessário definir a estratégia completa, inclusive o e-commerce.

“Identificamos que seria necessária uma consultoria que abordasse diferentes etapas. Na criação do modelo de negócio desde a definição de público-alvo até a estratégia de marketing digital, em que foi oferecido consultoria especializada para construção da estratégia na área. Além disso, trabalhamos também com a consultoria de acompanhamento, que avaliou a evolução e os resultados da estratégia definida, propondo ajustes quando necessário”, diz Rosângela.

Para a consultora, a decisão de Jusmara em procurar orientação no Sebrae no estágio inicial foi fundamental para que ela reavaliasse as suas ideias iniciais e definisse as premissas do negócio mais consistentes.

“A fase de planejamento do empreendimento é essencial, porque garante a redução de riscos do investimento", ressalta.

Por: Luiz Carlos Oliveira
Mais sobre: