Por conta da
pandemia da Covid-19, houve um aumento considerável quanto ao uso de telas por
parte, principalmente dos adolescentes. Estudos recentes mostram que o uso
inadequado e abusivo da internet pode interferir na vida dos jovens levando a
conflitos familiares, dificuldades de se relacionar, piora do sono, questões
emocionais, psicológicas e piora do rendimento escolar.
Foto: Reprodução/Ascom/Unimed
A pediatra e
hebiatra da Clínica Intermed, Talita Araújo, explica que a PIMU que é a sigla
em inglês para "Uso Problemático de Mídias Interativas" não se
restringe apenas a comportamento relacionados aos hábitos de jogar e apostar em
ambientes, mas todas as interações nesse ambiente virtual que levam a prejuízos
funcionais e alterações de caráter compulsivo.
“Existem quatro formas de PIMU. A primeira é a busca compulsiva de informação
online. Nesse caso, a pessoa não consegue ficar muito tempo desconectada e tem
uma necessidade constante de ficar na internet. Segundo é o uso das redes
sociais ao invés de interação direta. Terceiro o uso de pornografia levando a
disfunção sexual. Quarto é o vício em jogos on-line. Todos esses comportamentos
observados de forma exagerada compõem um quadro clínico de PIMU”, explicou.
Talita disse ainda que se o filho jovem ou adolescente estiver fazendo uso
abusivo das telas em geral, os pais ou responsáveis devem procurar ajuda
profissional. “O hebiatra, que é o médico dos adolescentes, tem capacidade de
atuar no tratamento de uso abusivo de telas e seus vícios. Esse tratamento deve
incluir a família e adoção de regras e rotinas que ajudem o adolescente se
livrar dessa dependência”, disse.