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Parque Lagoas do Norte sofre com depredação e riscos à segurança

Danos na estrutura e falta de iluminação, por conta de roubos da fiação, afastam frequentantes que temem os riscos

02/05/2018 07:03

O Parque Lagoas do Norte, localizado no bairro São Joaquim, completará seis anos em junho e faz parte da primeira etapa do projeto de revitalização das lagoas da zona Norte. No local, foram construídas quadras de areia, pistas de skate, anfiteatro, playground para as crianças, entre outros espaços, mas que vem sofrendo depredações constantes, como pichações e roubo de materiais, sendo gastos mais de R$20 mi em reparos.

Quem frequenta o parque comenta da situação que o local se encontra. O estudante Felipe Amando (19) reside no bairro e costuma ir ao Parque Lagoas do Norte aos finais de semana. Ele cita que é comum encontrar bancos quebrados, paredes pichadas e alambrados destruídos. Além disso, diz que o local não oferece segurança aos usuários e que assaltos são frequentes.

“Eu gosto de vir para cá ler, passear, sentar nos bancos e admirar a paisagem, e o que eu vejo é um parque que está se acabando e quem está fazendo isso é a pró- pria população, que não entende que esse espaço é deles, que se preservado vai icar para outras gerações”, comenta.


Os danos causados na área esportiva do parque dificultam a prática de atividades (Foto: Moura Alves/O Dia)

O estudante cita ainda que muitos adolescentes não têm como praticar esporte por conta de problemas estruturais, como falta de traves e bolas. A educadora física Hallia Glinnia Silva Teixeira, que dá aulas de handebol em um projeto para jovens na comunidade, explica que os professores fornecem os materiais necessários para as aulas e que o parque não disponibiliza esses artigos, prejudicando os treinos.

“Se não forem os professores trazendo bolas e outros materiais necessários, não teria como ministrar as aulas, porque não recebemos nenhum apoio do parque, nem de materiais nem financeiro. Até as traves somos nós que temos que trazer de um campo para outro, porque o que treinamos não tem as traves necessárias”, relata.

Além disso, ela comenta que é recorrente o roubo da fiação elétrica, o que deixa o local escuro e impróprio para treinos no período noturno, bem como risco de assaltos. Segundo a educadora física, as aulas com os alunos são enceradas no início da noite e os alunos são liberados.

“Quando começa a ficar escuro, a gente para os treinos e mandamos os alunos embora, porque só as luzes dos refletores não clareiam nada e todo o redor da quadra ica uma escuridão. No dia seguinte que arrumam a fiação, voltam a roubar. Isso é algo comum e feito por pessoas do bairro”, frisa.

A dona de casa Maria Tereza Dias fala que o espaço já teve mais atrações culturais e que isso garantia uma maior movimentação e segurança no local. Contudo, a pouca presença visitantes fez com que o local se torne perigoso.

“No começo, quando o parque foi inaugurado e tinham muitas atrações, sempre tinha gente vindo visitar e a polícia passa por aqui direto. Agora a gente quase não vê pessoas vindo fazer caminhada ou conhecer, com medo de assalto. Talvez se colocassem mais segurança e trouxessem mais atrações o parque voltaria a ser movimentado e mais seguro”, pontua.

Por: Isabela Lopes - Jornal O Dia
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