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Mudanças no fluxo da Avenida Miguel Rosa são alvo de críticas

Conversões proibidas ao longo da via visam garantir o funcionamento do Corredor Sul e das estações de ônibus.

06/03/2018 06:59

Desde o último sábado (3), os motoristas que trafegam pela Avenida Miguel Rosa, no sentido zona Sul para o Centro, não poderão mais fazer conversão à esquerda no cruzamento com a Rua Arlindo Nogueira. A mudança finda uma série de intervenções que foram realizadas na via para implementação do Corredor Sul, que passa a funcionar ainda este mês. De acordo com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), as intervenções realizadas nas avenidas que compõem o Corredor Sul (Miguel Rosa, Barão de Gurgueia e Henry Wall de Carvalho) visam adequar as vias ao novo formato de transporte público da Capital.

No entanto, as alterações pegaram alguns motoristas e moradores da região de surpresa, provocando algumas reações contrária à proibição da conversão. A professora aposentada Alice Viana e Silva reclama que a alteração será prejudicial não apenas para ela, mas para quem usava diariamente a rota para realizar suas tarefas diárias, obrigando os condutores a usarem rotas maiores.

“Acho que os engenheiros de trânsito da Strans não estão fazendo o que realmente tem que ser feito. Sempre fiz esse trajeto quando precisava ir para algum lugar, era rápido e prático, agora eu tenho que dar uma volta enorme para fazer um simples trajeto. Ao invés de facilitarem a vida dos cidadãos, estão é dificultando”, declara a aposentada.


A última intervenção na Avenida proibiu a conversão na Rua Arlindo Nogueira (Foto: Elias Fontinele/O Dia)

Por outro lado, o motorista Nelson da Silva Lopes aprova as mudanças e espera que a intervenção melhore o tráfego no local. “Está ótimo, gostei muito. As mudanças atrapalharam um pouco os motoristas, porque a pista não tem espaço, mas é só andar com cuidado. Espero que o trânsito flua melhor depois dessas mudanças”, disse.

André Monção Bezerra também apoia medidas que tornem o trânsito da Capital mais seguro e tranquilo, mesmo com os incômodos provocados inicialmente. “O trânsito de Teresina é muito caótico. Mas as mudanças são um pouco desgastantes para alguns condutores. Outros acham estressante ter que dar uma volta maior; mas se for pra melhorar o fluxo, todas essas mudanças são bem-vindas”, conclui.

 Agora, para acessar a Rua Arlindo Nogueira, por exemplo, os motoristas precisam se atentar às novas sinalizações da pista e realizar um laço de quadra. A Strans acredita que as intervenções trarão mais agilidade e segurança aos veículos e pedestres que passam pelo local, além de dar mais eficiência ao transporte público da cidade.

Estações

Embora as modificações para implantação do sistema visem melhorar o transporte público da cidade, alguns motoristas afirmam que os terminais e a faixa exclusiva para ônibus tornaram o trânsito mais lento nessas avenidas. “A avenida é muito estreita e essa faixa vai atrapalhar bastante o trânsito. Além disso, tem a questão dos passageiros, que terão que atravessar a pista, necessitando que os veículos parem, tornando o fluxo mais devagar”, disse.

A equipe do Jornal ODIA flagrou, na manhã do último sábado (3), alguns funcioná- rios da Strans fazendo a medição de alguns ônibus em uma das estações da Avenida Miguel Rosa. Questionada sobre a ação, a Superintendência esclareceu que se tratava de pequenos ajustes para o início do funcionamento do sistema de integração, que contará com novos veículos, maiores e climatizados, para fazer a linha entre as estações e os terminais. O trajeto para os bairros será realizado por ônibus de tamanho padrão.

Por: Breno Cavalcante - Jornal O Dia
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