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MP defende bancos contra ação de idosos e pensionistas

O Gaeco descobriu que bancos vinham sendo vítimas de fraudes praticadas por aposentados e pensionistas da Previdência Social.

23/05/2019 07:31

Naquilo que vem sendo considerado por fontes do MP como uma ação moralizadora da instituição, o Ministério Público do Piauí, através do Gaeco, identificou que os Bancos vinham sendo vítimas de idosos aposentados e pensionistas beneficiários da renda mínima da Previdência Social que, orientados por advogados e aproveitando-se da desorganização do sistema financeiro nacional, realizavam contratações fraudulentas dos chamados empréstimos bancários consignados, com vistas à obtenção de posteriores indenizações.

O Gaeco, sob o comando do Promotor Rômulo Cordão, que desde 2015 quando promotor público de Corrente já vem trabalhando na investigação desse tipo de fraude, realizou na quinta-feira última, uma operação de vastas proporções em defesa dos Bancos e contra advogados que com a colaboração de idosos, aposentados e pensionistas da Previdência Social, vem praticando fraudes contra a rede bancária. A operação, coordenada pelo Gaeco sob o comando do Promotor Rômulo Cordão, pode levar para a cadeia nada menos de 19 advogados e contou com a participação do Promotor Vando da Silva Marques da Promotoria Pública de São Raimundo Nonato e o apoio da polícia Civil do Estado.


Celso Barros Neto, Presidente da OAB/PI. Foto: ODIA

Por sua vez, o Presidente da OAB/PI, Celso Barros Neto, ocupou jornais, canais de televisão e redes sociais em defesa dos advogados envolvidos, acusando o Ministério Público de estar procurando “criminalizar” a Advocacia. Ouvido por nossa reportagem Celso Barros Neto foi enfático; “ ... o poderio financeiro que detêm os Bancos, não os exime de serem levados à Justiça, para responderem por ilicitudes possivelmente cometidas; e, quem tem o poder e o dever de assim proceder, na representação de seus clientes e na defesa de seus direitos, infringidos ou ameaçados, é o advogado e ninguém mais. Sem o advogado não existe Justiça, e sem Justiça, não existe a democracia; tentar intimidar o advogado para limitar ou deixar de exercer a sua capacidade postulatória em defesa de seus constituintes, é atentar contra a Justiça e a própria Democracia, com a qual, tanto Advogados como Promotores estão constitucionalmente comprometidos e têm, ambos, a igual responsabilidade de defendê-la”, concluiu Celso Neto.

Fonte: Da redação
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