Os moradores do bairro Piçarra, na zona Sul de Teresina,
há dois anos, convivem com
o mau cheiro provocado por
um vazamento constante na
rede de esgoto da região, que
fica localizada no cruzamento
da Rua Desembargador Motta com a Avenida José Santos
e Silva e com a Rua Valdivino
Tito. Segundo eles, a instalação da rede não foi finalizada, não há uma estação de
tratamento para onde a água
dos esgotos seja direcionada
e, por isso, a água com forte
odor fica escorrendo na rua.
O comerciante Luís Vasconcelos reclama e diz que
não aguenta mais conviver
com o problema. “A gente
quer que eles venham pelo
menos tampar isso aqui, porque ninguém aguenta mais.
Eles começam um serviço e
não terminam, só nós sofremos com isso. Fico constrangido com o odor que isso aí
traz para a gente. Imagine se
alimentar sentindo esse fedor
toda hora”, critica ele.
Situação incomoda a população e afeta as vendas de comerciantes (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)
Luís diz, inclusive, que o
problema atrapalha até mesmo a venda em seu comércio.
“Ninguém quer ficar perto de
locais que fedem. Não compram nem cerveja para beber
aqui, ninguém tem coragem
de se sentar aqui na frente
com esse odor todo”, lamenta. Damião Araújo é outro morador que também se entristece com a situação. Ele cobra
as promessas de conclusão
da obra da rede esgoto que a
Agespisa iniciou. “Fica escorrendo toda hora e isso já faz
tempo. Fizeram e disseram
que iam fazer um tratamento
de esgoto não sei onde, mas
só promessa. Nunca fizeram
nada. Não é para usar ele,
porque ainda não está pronto, mas tem gente teimosa
que faz ligação indevida e fica
desse jeito”, salienta.
Contraponto
O superintendente Metropolitano da Agespisa,
Orlando Aires, explica que
a rede de esgoto da região
está suspensa há quase dois
anos por uma obra que não
foi finalizada, mas que alguns moradores não respeitaram a suspensão e fizeram
ligações clandestinas à rede,
que não tem uma estação de
tratamento para receber a
água, por isso, fica vazando
pela rua.
Questionado sobre as previsões para finalização da
obra, ele explica que não
sabe quem e nem quando a obra vai ser concluída, pois a
Empresa está em processo de
transição de administração.
Orlando informa ainda
que, para minimizar a situação, a Agespisa vai mandar
um caminhão para fazer a
sucção e tirar a água acumulada. Porém, já adianta que,
daqui a alguns dias, o problema retornará. O superintende acrescenta que os caminhões são enviados ao ponto
através de reclamações dos
moradores.
Edição: Virgiane PassosPor: Karoll Oliveira