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Mercado imobiliário em Teresina teve aumento de vendas no segundo trimestre

Segundo levantamento do Sindicato de Indústria da Construção Civil, foram vendidas 822 unidades

24/08/2020 12:12

O mercado imobiliário de Teresina teve um bom desempenho na venda de imóveis no primeiro semestre. Segundo dados do Sindicato de Indústria da Construção Civil (Sinduscon Teresina), mesmo durante a pandemia da Covid-19 e os impactos que ela causou, no segundo trimestre foram vendidas 822 unidades verticais na Capital.

Os dados fazem parte do levantamento sobre o Índice de Velocidade de Vendas (IVV), referente ao segundo trimestre deste ano, analisando o comportamento do setor imobiliário e as perspectivas para o próximo semestre.

Claubert Barreto, consultor Norte e Nordeste de uma consultoria empresarial, pontuou que na capital o segundo trimestre foi o mais impactado pela política de distanciamento. No período em análise, não foi possível catalogar nenhum lançamento vertical ou horizontal. Apesar disso, a pesquisa mostra que as vendas foram boas, dentro do contexto de pandemia.

(Foto: Jailson Soares/ODIA)

"Teresina vendeu no segundo trimestre 822 unidades verticais, o que significa que o mercado estava reagindo. Estávamos em recuperação, por isso os lançamentos estavam crescendo. A cidade já estava se posicionando no sentido positivo do mercado antes da pandemia. Acreditamos que o segundo semestre vai ser realmente de recuperação", destacou o consultor.

O relatório reforça que as vendas em Teresina foram bastante próximas à realidade nacional. Ou seja, apesar do lançamento ter caído, as vendas foram boas, o que mostra a reação positiva do mercado, permitindo se trabalhar com a perspectiva de um segundo semestre com mais chances de avaliar melhores oportunidades de atuação.

No que diz respeito aos lançamentos, Claubert ainda destacou, a partir da pesquisa, que "mesmo as unidades prontas sendo mais baratas, as de lançamento (que são mais caras) têm um potencial maior de venda porque apesar do valor, a poupança que o incorporador permite ser dividida ao longo da obra, faz com que o público que tem a renda, mas não tem a entrada, possa comprar no lançamento. Portanto, ele dinamiza o mercado e gera demanda", explicou na apresentação.

Cresce procura por casa em condomínios fechados

Cristina Verçosa, gerente geral de vendas de uma imobiliária, pontua que houve uma mudança nos tipos de imóveis que estão sendo procurados. Além disso, algumas vantagens estão sendo oferecidas aos consumidores, como forma de atrair e gerar mais vendas. Segundo ela, houve um aumento de 50% na procura de imóveis em relação ao mesmo período do ano passado.

“Por conta da pandemia, o uso do elevador está restrito, bem como o fechamento da área de lazer, então tem acontecido uma migração dos clientes de alto poder aquisitivo, que estão saindo de imóveis tipo apartamento e buscando casas de condomínio fechado. Em um condomínio de luxo na zona Leste de Teresina, por exemplo, em um mês foram vendidos 30 lotes”, conta.

A gerente geral de vendas enfatiza ainda que as obras dos condomínios fechados, que estavam paradas, retornaram de forma acelerada. Isso tem apresentado um impacto significativo para a construção civil.

“Aumentou a procura também pela compra do primeiro imóvel, que são de casas ou apartamentos no programa Minha Casa, Minha Vida, porque houve várias ofertas dos construtores no parcelamento da entrada. O cliente tem interesse em comprar, tem uma renda suficiente, ganha desconto do governo, mas a entrada muitas vezes pesa no orçamento ou a pessoa não tem esse valor, então algumas construtoras estão dividindo a entrada em até 60 meses, e isso fez com que o cliente tivesse um incentivo para comprar”, acrescenta.

Cristina Verçosa explica ainda que algumas construtoras também estão vendendo os imóveis e cobrando a entrada somente para daqui cinco meses, o que tem encorajado os consumidores a comprarem.

“Fora isso, ainda tem alguns incentivos do governo com a redução das taxas de juros. Vemos que, por mais difícil que esteja sendo o momento, a economia está ativa e que a taxa de juros não aumentou. Estando baixa passa confiança para o mercado”, disse.

Por: Isabela Lopes
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