Do total de mortes pela covid-19 no hospital, 54% são registradas na faixa etária acima de 70 anos e 21% na faixa etária entre os 61 e 70 anos. Além disso, os pacientes com maiores riscos de desenvolverem a forma mais grave da doença e virem a óbito são homens (61%), enquanto as mulheres são a minoria (39%). Com isso, os dados revelam que o maior grupo de risco é composto por homens acima de 70 anos.

^{Foto: Arquivo O Dia}

Outro dado importante divulgado pelo diretor-geral do HGV diz respeito à taxa de ocupação de leitos por pacientes transferidos de municípios do interior do Estado. No mês de fevereiro deste ano, por exemplo, dos 59 pacientes internados em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 54 eram provenientes do interior.

“Isso mostra que as nossas medidas de proteção precisam ser intensificadas no interior. É como se nos municípios do interior essas medidas estivessem mais relaxadas e essa população está mais descuidada, no sentido de se auto proteger, por isso temos esses números tão altos”, destaca o médico Osvaldo Mendes.

Para desafogar o sistema de saúde municipal, o diretor-geral do Hospital Getúlio Vargas afirma que a melhor saída ainda é a vacina. Segundo ele, com a imunização da população com idade superior aos 60 anos, a taxa de ocupação de leitos de UTI tende a diminuir.

“Mesmo com essas mutações, com a vacinação nós sabemos que, mesmo que você contraia novamente a infecção, não vai ter um caso tão grave a ponto de precisar de UTI. É importantíssimo que as pessoas se conscientizem que a vacinação é imprescindível. A vacina é um dos medicamentos mais seguros que pode existir, porque ela é feita com todos os critérios e obedecendo a um rigor científico. A população não deve temer a vacina porque ela é a nossa salvação”, finaliza.

Atualmente, o HGV conta com 40 leitos exclusivos para tratamento de pessoas diagnosticadas com covid-19. Destes, 35 são leitos de UTI e cinco são leitos de enfermaria. No momento, apenas três leitos de UTI e três leitos de enfermaria estão vagos.