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Equatorial nega destruição de pinturas do artista Afrânio Castelo Branco

As pinturas do artista piauiense foram feitas na década de 1970, cerca de 50 anos atrás.

14/01/2019 13:32

Uma denúncia realizada ao Sindicato dos Urbanitários do Piauí – SINTEPI acusou a empresa Equatorial Energia de destruir as pinturas tombadas do artista plástico Afrânio Castelo Branco, localizadas no prédio onde a empresa funciona. As pinturas do local foram feitas na década de 1970, cerca de 50 anos atrás. Uma foto de homens trabalhando no local está circulando nas redes sociais. 


Imagem que está circulando nas redes sociais com a denuncia de destruição das obras. Foto: Reprodução

Segundo a diretoria do Sintepi, as telas e o próprio prédio da Cepisa são patrimônio do Estado e a empresa não teria o direito legal de destruí-lo. Por este motivo, o sindicado afirma que fará uma denúncia formal para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. 

Em contrapartida, a Cepisa esclareceu que a informação que está circulando é mentirosa. Por meio de nota, o grupo afirmou que está sendo realizado uma restauração das obras. “O grupo Equatorial Energia, quando assumiu o controle da empresa, em outubro de 2018, já encontrou as obras em avançado estado de deterioração e, por isso, realizou estudos e cotações de orçamento para a restauração das telas com artistas habilitados para as técnicas de pintura originais das telas”, disse. 

A nota explica ainda que a etapa inicial do projeto de restauração, o painel Sinfonia da luz começou a ser removido do local. Já as obras Zebelê e Cabeça da Cuia, foram cobertas, há cerca de um ano, como forma de proteção da já evoluída deterioração causada por mais de 40 anos de exposição.

 “A Cepisa respeita e reconhece os artistas e a história piauiense e não tem a intenção de perder uma obra de tão grande valor histórico-cultural para o Estado”, finaliza a nota. 

O artista 


Foto:  Reprodução/Arquivo Pessoal

Afrânio Castelo Branco nasceu em 1930, formou-se na Escola de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Possui acervos da Bienal de São Paulo, Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, no Museu de Arte Moderna da Bahia, no Museu e na sede da Secretaria Estadual de Cultura do estado do Piauí, entre outros. Ele participou de duas edições da Bienal Internacional de São Paulo, em 1967 e 1969. Nesse ano, ao lado do artista Píndaro Castelo Branco, expôs em Copenhague (Dinamarca), Haia (Holanda) e Helsinque (Finlândia), com patrocínio do Itamaraty.  Em 1970, integrou a Coletiva de Arte Brasileira, mostra de 27 artistas que percorreu a Alemanha, a Espanha, a França, a Holanda, a Itália, a Suécia e a Suíça.

Edição: Viviane Menegazzo
Por: Geici Mello
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