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Dono de creche-escola particular é preso suspeito de estuprar três crianças

Os abusos teriam ocorrido dentro da sala do diretor. Polícia afirma que ele tirava as meninas de dentro da sala de aula para praticar os abusos

26/01/2018 08:25

Na manhã desta sexta-feira (26) a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), cumpriu o mandado de prisão preventiva contra o empresário Antônio Monteiro Neto, dono da creche-escola Minos e Minas, no bairro Ilhotas. O empresário, que foi preso em sua casa localizada perto da escola, é suspeito de estupro de vulnerável, tendo como vítima três crianças que estudavam na instituição. 

Os abusos teriam ocorrido dentro da sala do diretor, segundo o delegado Jetan Pinheiro. "Ele tirava as meninas de dentro da sala e praticava o ato. Não houve conjunção carnal, mas isso não importa, pois elas eram menores de 12 anos e passar a mão pelo corpo delas já se configura estupro de vulnerável", afirma.


O delegado Jetan Pinheiro, da DPCA, é o responsável pelas investigações do caso. Foto: Moura Alves/ODIA

De acordo o delegado as investigações foram abertas há cerca de três meses, após uma denúncia dos pais de uma das vítimas. “No início só sabíamos de uma menina, mas com as investigações descobrimos mais duas. As declarações são muito fortes. São crianças que têm entre 8 e 12 anos e que estudavam na escola”, conta.

Em novembro, o Portal O DIA publicou a informação sobre o início da investigação, que foi provocada pelo Conselho Tutelar. Na época, duas crianças já haviam saído da escola e uma delas estava fazendo tratamento psicológico. A terceira vítima permanecia na instituição para concluir o ano letivo. 

O delegado afirma ainda que havia uma proibição dos professores conversarem com os pais dos alunos. “Esses crimes que envolvem crianças e adolescentes são muito complexos, pois geralmente não há testemunho, e o fato dos professores não poderem conversar, além do básico, com os pais dos alunos, aumentou mais ainda as suspeitas”, destaca Jetan.

As vítimas foram ouvidas, assim como os pais e os professores da escola. As crianças também fizeram o exame lúdico-terapêutico, realizado por uma psicóloga especializada. "Nesses casos, o depoimento das vítimas é muito importante, pois acontecem em um ambiente fechado, escondido", afirma o delegado Jetan.

A polícia também apreendeu celulares, tablets, computadores e documentos do suspeito. Todo o material está sendo periciado.

Defesa

Procurada pelo Portal O DIA, a defesa do empresário afirma que só se pronunciará oficialmente na segunda-feira (29), quando serão esclarecidas as questões a cerca do caso. À polícia, o suspeito legou inocência e disse que existe a intenção de uma mãe de prejudicá-lo.


Por: Geici Mello com Flash de Nayara Felizardo
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