Em discurso na Assembleia
Legislativa do Piauí (Alepi), o deputado estadual Gessivaldo Isaias
(Republicanos) informou que vai ingressar com um mandado de segurança contra a
Fundação Municipal de Saúde (FMS), para que o presidente da órgão, médico
Gilberto Albuquerque, cumpra duas leis estaduais que determinam a prioridade na
vacinação contra a Covd-19 de advogados e lideranças religiosas.
Foto: Ascom Alepi
A iniciativa acontece após o parlamentar ouvir, na manhã desta quarta-feira (11), o próprio presidente da FMS dizer que as leis não têm validade para município de Teresina. Ele informou ainda que a capital piauiense possui dez categorias como prioritárias, conforme determina o Conselho Municipal de Saúde.
“Na prática ele disse que não vai obedecer às leis. Então eu pergunto: o que os deputados estão fazendo nessa Casa, se nós aprovamos as leis, elas são publicadas no Diário Oficial, e não são cumpridas?”, indagou.
Mobilização na Casa e fala de troca de comando
A deputada Teresa Britto (PV) afirmou que foi relatora das leis e não enxergou nelas nenhuma inconstitucionalidade, pois ambas as categorias são do grupo de risco porque lidam diretamente com o público.
“Ele precisa estudar mais a constituição. Parece que está vivendo em outro planeta. Uma lei estadual sobrepõe-se a uma lei ou norma municipal, do mesmo modo que uma lei federal sobrepõe-se a todas as outras”, disse, prontificando-se a cobrar do prefeito Dr. Pessoa o atendimento da legislação.
Gessivaldo apelou ao prefeito Dr. Pessoa (MDB), que foi vereador e deputado estadual, e ao vice-prefeito Robert Rios, também ex-deputado, para que orientem o presidente da FMS.
“Será que não é possível trocar esse presidente? Será que no Piauí não tem outro médico mais competente. Não estou cobrando isso por mim, pois já tomei a segunda dose, mas por todos aqueles que não foram vacinados e podem contrair a doença e contaminar outras pessoas”, disse.
Para finalizar, fez duras críticas à gestão municipal. Segundo ele, a população está sofrendo com depressão, ansiedade, fome e desemprego devido ao isolamento social e ao fechamento de muitas empresas.
“Vá nas vilas ver o sofrimento do povo, pois as pessoas estão pagando consultas psiquiátricas e psicológicas para recuperar a saúde e a FMS não faz nada para atender os mais necessitados”, finaliza.
Fonte: Com informações da Alepi