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Depois de Wellington, secretário se atrasa e perde primeira viagem do VLT

Esta é a primeira que o Veículo Leve Sobre Trilhos parte levando passageiros para iniciar efetivamente suas operações e o secretário de transporte acabou perdendo o primeiro embarque.

12/07/2018 09:21

Depois que o governador Welington Dias se atrasou para a viagem inaugural do VLT  de Teresina no último dia 04 de junho, agora foi a vez do secretário estadual de transportes, Ghuilermano Pires, perder a partida do trem em uma das viagens do veículo aberta ao público. O embarque estava marcado para as 8h30min na estação da Miguel Rosa, mas Guilhermano acabou se atrasando e perdendo a saída do VLT neste terminal.

“Não sei se ainda vou, já que perdi a viagem. Para você ver: o negócio é tão bom que cheguei uns minutinhos depois e perdi o trem. Sinal de que está funcionando”, afirmou o secretário ao percebeu que o VLT havia partido sem sua presença.

Enquanto aguardava a próxima partida, agendada para as 9h20min, Guilhermano comentou as expectativas do Governo do Estado com a entrada em operação efetiva do VLT em Teresina. As palavras de ordem, segundo ele, são conforto, segurança e agilidade. Com o início das operações regulares do metrô, que acontece duas semanas depois do previsto pela gestão, o próximo passo é ampliar a linha férrea e adquirir as novas composições.

O secretário de Transporte do Estado esperou a volta do trem para embarcar no VLT. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)

Isto, de acordo com o secretário de Transportes, está previsto para acontecer já na próxima semana, quando Teresina deverá receber a segunda composição que integrará o VLT. “A ideia é que se tire os trens antigos até setembro e essa operação do transporte ferroviário será feita apenas pelo VLT”, pontua Guilhermano. Serão investidos cerca de R$ 215 milhões na compra das novas composições.

Estão inclusas também na agenda de revitalização do transporte ferroviário de Teresina as reformas nas estações e a ampliação da malha férrea. A primeira etapa deste plano de revitalização começará no primeiro semestre do ano que vem com a construção de cinco estações e a reforma dos trilhos. Já na segunda etapa, serão revitalizadas mais 13 estações e os trilhos serão duplicados.

“Prevemos tamvém a construção de uma nova ponte sobre o Rio Poti e a criação de um centro de controle de operações. Iremos ainda contratar um projeto de expansão: a ideia é que possamos usar os trilhos existentes até Altos e dentro dos próximos quatro anos fazer com que o VLT alcance a zona Rural de Teresina, passando pelos povoados Gurupi, Taboca do Pau Ferrado, fazendo a integração da estação da Boa Esperança”, explica Guilhermano.

O Governo estuda ainda a ampliação das operações para o litoral piauiense, entre Luís Correia e Parnaíba.

Foto: Assis Fernandes/O Dia

Expectativas dos usuários 

O secretário de transportes do Estado esperou a volta do trem para realizar a viagem. Junto com ele, a população também embarcou no VLT que começa a circular em Teresina. 

Lêda Costa é costureira e costuma ir ao centro comprar linhas e tecidos para a suas produções. Ela compara o veículo antigo com o novo. “Aquele metrô antigo era sujo, todo aberto, quente, andava devagar. Aqui não, ele é confortável, gelado, é limpinho, bonito”. 

A costureira usa frequentemente o transporte ferroviário para ir até o Centro da cidade. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)

Rejane Cláudia mora próximo à estação da Avenida Miguel Rosa e disse que o VLT é um grande avanço em relação ao antigo veículo. “Pego sempre, porque é mais em conta do que o ônibus. Com esse novo, me sinto mais segura”, conta. 

“O metrô já é mais barato que o ônibus, e para pegar ônibus é uma luta, tem integração, é lotado, a passagem é cara. Já esse metrô novo é confortável, é gelado, é rápido”, explicou a usuária Katiane Lima. 

O usuário Francisco Mendes pega metrô todos os dias para ir do bairro Dirceu, onde mora, até a igreja que frequenta, no centro. Ele conta que seu maior receio é que a população não cuide do novo veículo. "A minha expectativa é que o povo zele pelo trem, que ninguém deprede, vandalize, que o pessoal cuide", relata.

Por: Maria Clara Estrêla e Lucas Albano
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