Não é de hoje que o trabalho realizado pelo Corpo de Bombeiros aguça a curiosidade das crianças. O caminhão de incêndio, a sirene e até o mesmo o uniforme dos profissionais, tomam conta do imaginário infantil que os transformam em verdadeiros heróis. Foi assim que desde os dois anos de idade o pequeno Davi Martins, de 4 anos, tem o sonho de ser Bombeiro Militar. Davi nasceu com uma deformação óssea nas mãos e pés, mas isso nunca foi um obstáculo para ele. Na manhã desta quarta-feira (16), ele realizou o sonho de conhecer a corporação em Teresina.

“Esse encontro foi adiado diversas vezes por conta da pandemia. Eu conheci por acaso a major Najra, do Corpo de Bombeiros, que prontamente se dispôs a ajudar. Foi um momento emocionante, pois desde os dois anos de idade o Davi tem o sonho em ser Bombeiro Militar. Eu já perguntei para o motivo e ele sempre responde sorrindo que quer ajudar as pessoas, apagando o fogo. Hoje foi um dia emocionante”, disse a mãe.

A visita de Davi à instituição contou com diversas atividades como simulação de incêndio, apresentação e passeio nos caminhões de Bombeiros usando mangueira além de toques de sirenes. O momento descontraído fez o garoto se sentir um bombeiro de verdade. 

“No começo, o Davi ficou um pouco com envergonhado, mas depois se soltou. Ele ficou tão feliz por ter realizado esse sonho que já pediu para major Najra para voltar amanhã. Eu gostaria de agradecer pelo amor e carinho que o Corpo de Bombeiros teve conosco. Certamente, esse é um momento que ele jamais vai esquecer”, completa a mãe reforçando que dará o melhor de si para realizar o sonho do filho. 

^{Foto: Arquivo Pessoal}

Deformação óssea não é um problema 

Marina conta que descobriu a má formação de Davi com 16 semanas de gestação. Os noves meses até o nascimento foram difíceis, mas ao nascer ela teve a certeza de que tinha ganhado o maior presente do mundo. 

“A má formação dele é agenesia óssea – nasceu sem os membros superiores e inferiores –. A gente descobriu com 16 semanas de gestação e, na época, foi frustrante o momento, pois a gente se questionava muito como seria cuidar dele, sem saber detalhadamente como seria. Foram meses difíceis, mas quando ele nasceu, e eu olhei para o rosto dele pela primeira vez, eu agradeci a Deus pelo maior presente que já recebi na vida”, conta.

^{Foto: Arquivo Pessoal}

Davi consegue desempenhar outras atividades como vestir a camisa sozinho, escrever e até comer. “Eu posto o dia dia dele em uma rede social. Cada dia que passa ele sempre me ensina a ser uma pessoa melhor. Todos os dias é uma superação diferente. Eu como mãe me orgulho muito e às vezes até choro dele tendo uma vida normal, apesar da má formação. O Davi é muito inteligente e para ele não há limites”, finaliza.