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CPI impede empresário de falar alegando falta de documentação; advogada rebate

O dono da empresa Transfácil, Moisés Sérvio Neto, não compareceu para depor e enviou o marido da sócia de sua empresa.

08/06/2021 11:02

A empresa Transfácil, que opera na zona Sudeste de Teresina pelo Consórcio Therezina, iria ser ouvida nesta manhã (08) na CPI do Transporte Coletivo através de seu representante legal, o empresário Moisés Sérvio Neto. No entanto, o empresário não compareceu e o vereador Dudu (PT), presidente da Comissão, se recusou a ouvir o representante enviado, Marcelino Lopes. 

Marcelino é casado com uma sócia da Transfácil, e, segundo a assessoria da Câmara Municipal, não apresentou procuração legal que validasse seu depoimento à CPI. No entanto, a advogada do empresário, Naiara Moraes, negou a falta do documento e disse que não pediram a procuração. Ela explicou que, após Marcelino dizer que tinha procuração pública em mãos para a representação, a CPI só iria ouvir o empresário que constasse no contrato social.


Depuseram na CPI nesta terça os empresários Edmilson Carvalho, da Transcol; e o empresário Solfieris Sousa, da Cidade Verde - Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Teresina

“Só que o ofício padrão que a CPI enviou para as empresas não diz nada sobre isso. Apenas convoca um representante legal de cada empresa. Ele [Marcelino] tem como provar que é representante, mas a procuração pública não foi considerada”, explicou Naiara Moraes.


Procuração apresentada - Foto: Reprodução/Whatsapp

No decorrer da discussão sobre a validade ou não do depoimento do empresário houve um pequeno bate-boca entre o vereador Dudu, presidente da CPI, e o vereador Aluísio Sampaio, titular da Comissão. Aluísio argumentou que, se Marcelino Lopes havia ido até a Câmara de boa vontade e tinha esclarecimentos a dar ou informações a prestar que enriquecessem os trabalhos da CPI, não haveria problema em ouvi-lo. E que por ele ser cônjuge de uma sócia da Transfácil, ele também poderia ser considerado igualmente sócio e representante da empresa.

O vereador Dudu rebateu e afirmou que não iria “ouvir o marido de uma sócia, porque a CPI é clara em seu regramento”.  A presidência da CPI decidiu reconvocar a Transfácil para depor na próxima quinta-feira (10), último dia de oitivas das empresas de ônibus. Por conta do ocorrido, o depoimento do empresário Solfieris Sousa e Silva, dono da Cidade Verde (Consórcio Urbanus e Poty), foi antecipado.

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