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Comércio em Teresina: "Demissão em massa", diz sindicato sobre restrições no setor

O sindilojas alega que, com as lojas fechadas, os lojistas não terão como arcar com as despesas dos funcionários, que também não receberão auxílio emergencial

23/02/2021 13:09

Desde ontem (22), após o Governo do Estado anunciar que seriam adotadas medidas mais restritivas nos próximos dias e da possibilidade de um novo decreto suspendendo as atividades econômicas presenciais no Piauí, diversos setores da economia demonstraram insatisfação e apreensão com o fechamento do comércio.

O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Teresina (Sindilojas), Tertulino Passos, destacou que este não é o momento mais adequado para fechamento do comércio, especialmente porque os empreendimentos que estão começando a ter vendas agora. Com as lojas fechadas e sem lucro, os lojistas não teriam como arcar com as despesas dos funcionários, que também não terão auxílio emergencial do governo federal, e não descarta a possibilidade de demissão em massa dos trabalhadores.


“[No cenário atual] haveria demissão em massa, aí seria o caos nesse momento, porque além de não ter os estabelecimentos comerciais funcionando, teria um grande número de pessoas desempregadas. Hoje o lojista não tem mais condições de arcar com os salários e cargos dos seus trabalhadores sem estar com suas atividades econômicas abertas. Mesmo vendendo pouco, você tem uma perspectiva de fazer uma movimentação, mas tirar dinheiro de onde não existe para fazer o pagamento não existe. É uma situação complicada”, disse.


Ainda segundo Tertulino Passos, a categoria aguarda uma reunião com os gestores municipal e estadual para que possam apresentar propostas que não necessitem do fechamento do comércio. Ele enfatizou ainda que estudos revelaram que não há indícios de contaminação pela Covid-19 dentro dos estabelecimentos comerciais, especialmente daqueles que estão seguindo corretamente as recomendações de limpeza e sanitização. 

“Não é dentro dos estabelecimentos comerciais que está acontecendo a contaminação. Existem outros pontos que têm a contaminação e desrespeito às regras, precisamos que o poder público encontre esses setores e fiscalize o cumprimento de todas as regras que foram emanadas pelo poder público estadual e municipal. Precisamos ter um diálogo com o poder público estadual e municipal, coisa que até agora infelizmente não abriram esse espaço. Somos o setor mais afetado, justamente o setor que mais emprega e que gera renda”, salientou Tertulino Passos.

O presidente do Sindilojas acrescentou que, somente em Teresina, são em torno de 13 mil empregos gerados por lojistas e varejistas. “É muita gente que vai ser afetada com uma decisão dessa. “Esperamos que isso realmente não venha a acontecer como essa minuta que saiu, que não seja daquela forma, porque resultará no fechamento de muitos negócios”, conclui.

O Comitê de Operações Especiais (COE) se reúne na noite desta terça-feira (23) para traças estratégias e definir as medidas restritivas necessárias para conter a contaminação da Covid-19. 

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