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Comerciantes tentam embargar obra na Avenida Nossa Senhora de Fátima

Empresários acreditam que padronização das calçadas da via irá prejudicar o estacionamento dedicado aos clientes.

26/07/2017 08:09

As obras para padronização das calçadas da Avenida Nossa Senhora de Fátima, na zona Leste de Teresina, vêm sendo alvo de reclamações por parte dos comerciantes. Eles alegam que seus negócios serão prejudicados caso a obra interfira no estacionamento para os clientes. A intervenção já teve início e os comerciantes alegam não terem sidos comunicados pela Prefeitura de Teresina, que realiza a obra em parceria com a Secretaria de Transportes do Estado (Setrans). 

Ana Raquel Araújo, que é proprietária de uma loja de materiais de construção, afirma que o receio de perder os clientes foi que motivou a criação de um abaixo assinado para embargar a obra. Os comerciantes esperam conseguir uma reunião junto à Prefeitura, para esclarecer as dúvidas sobre o projeto. O documento ainda está em processo de criação e os lojistas estão sendo consultados. 

Obras já começaram e abrangem 16 quadras da avenida (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

Ana Raquel ainda conta que os comerciantes contratarão um advogado e, caso não tenham sucesso, levarão a situação ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea/PI). “Quando fomos saber da obra, já tinha começado. Eles avisam em cima da hora o que temos que fazer, arrancar placas, muitas exigências, mas mostrar mesmo não mostraram nada”, reclama. 

A loja de Raquel tem 24 anos de fundação e o recuo da calçada é de 6,5 metros. Segundo ela, se for tirar dois metros como o projeto prevê, provavelmente nenhum carro poderá mais estacionar; por isso, o medo de perder clientes. 

Já Águida Batista, proprietária de uma lavanderia na Avenida Nossa Senhora de Fátima, destaca que a via é um importante corredor gastronômico e que adaptar as calçadas para a passagem de pedestres, a princípio, não traz tantas vantagens para os comerciantes do local, porque as pessoas que mais transitam ali trafegam de carro. 

“Eu tenho três vagas de garagem, dá pra colocar três carros, e tem dia que é a maior dificuldade pro cliente parar pra estacionar. E se não ficar nenhuma vaga, vai ser impossível. Se tirar o estacionamento, não tem como trabalhar, muitos comerciantes vão perder”, conclui. 

Contraponto 

Por outro lado, o secretário de Estado dos Transportes, Guilhermano Pires, afirma que o órgão está em contato com os lojistas, mostrando que o projeto é fundamentado na Lei das Calçadas. Além disso, ele assegura que as lojas que obedecem ao recuo necessário não serão prejudicadas. 

Guilhermano explica que as intervenções abrangem 16 quadras da Avenida Nossa Senhora de Fátima, entre a Rua Visconde da Parnaíba e Dom Severino, onde será feita a padronização das calçadas, retirada dos obstáculos que existem para facilitar a fluidez dos pedestres, bem, como serão construídas rampas de acesso, implantada sinalização, inclusive sinalização tá- til, e faixa de pedestres.

Edição: Virgiane Passos
Por: Letícia Santos
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