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Caso de babá psicopata é verdadeiro, mas ocorreu há dois anos

O assunto mais discutido nos grupos de mães no whatsaap é o caso da menina-vampira que bebeu sangue de crianças e agora é babá em Teresina.

17/01/2018 15:23

O print de uma conversa no whatsaap e de um relato no instagram sobre uma babá psicopata é o assunto mais discutido nos últimos dois dias, em todos os grupos de mães do Piauí.

A história remete a um crime ocorrido no ano de 1998, na cidade de Floriano, onde uma jovem de 17 anos, identificada como Ema (iniciais do nome completo), matou com um machado a tia e uma criança de dois anos. A outra vítima, uma menina de quatro anos, sobreviveu, mas ficou com sequelas. Após o crime, Ema bebeu o sangue das vítimas.

O caso teve grande repercussão na época e a jovem foi chamada de menina-vampira. Psiquiatras a diagnosticaram com psicopatia severa e incurável.

De acordo com os prints que estão amedrontando as mães em Teresina, a jovem estaria solta e trabalhando como babá. O Portal O DIA buscou informações sobre a história e descobriu que ela é verdadeira, porém não é recente. A mãe que fez o alerta no instagram realmente havia contratado Ema para cuidar do seu bebê, mas há dois anos.

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A mulher falou com o Portal O DIA sem se identificar. Ela conta que a intenção era relatar sua história em um grupo de amigas no whatsaap, mas jamais esperava que o caso ganhasse tanta repercussão. “As pessoas ficam compartilhando e me perguntando como foi isso. E eu tenho que explicar toda hora que não é um fato recente”, desabafa.

Atualmente, não existem informações sobre Ema e nem registro de que ela ainda more em Teresina ou seja babá de alguma criança. “Essa moça trabalhou pra mim por seis meses e eu gostava muito, mas quando descobri esse passado e fiquei com medo. Porém, antes de eu afastá-la, ela mesma pediu pra sair”, conta a mãe.

A história

Em 2010, o escritor Enéas Barros lançou o livro “15:50 - A história da Menina-Vampiro do Piauí”, em que relata com detalhes o caso. Ele teve acesso a todo o inquérito, entrevistou autoridades policiais e psiquiatras, além de testemunhas e da própria autora do crime. “Ela relatou nos depoimentos à polícia que bebeu três copos e meio de sangue tirado da cabeça das vítimas”, disse o escritor.

Segundo ele, a moça ficou presa por 11 anos, mas nunca foi julgada. Por isso, conseguiu a liberdade através de um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça. “Hoje ela não deve nada. Quando cometeu o crime ainda era menor e ficou presa ilegalmente. De todo modo, fica a advertência, porque o psiquiatra me disse que não havia cura para a psicopatia. Mas ela pode ser tratada ”, afirma Enéas.

O livro baseado em fatos reais está disponível na livraria Entrelivros, localizada na Dom Severino, e no Nova Aliança, na rua Olavo Bilac.

Por: Nayara Felizardo
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