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Superlotação do IML chega ao limite e situação pode piorar com final de ano

Atualmente cerca de 60 corpos estão nas geladeiras do instituto esperando por identificação ou sepultamento.

27/12/2017 16:44

Com o aumento da demanda devido aos feriados do final de ano, período em que há aumento no número de óbitos seja por acidente ou morte violenta, a situação do Instituto de Medicina Legal (IML) de Teresina não está das melhores. Segundo informações do diretor do instituto, André Biondi, atualmente cerca de 60 corpos estão nas geladeiras esperando por identificação ou sepultamento. Com esse número, a capacidade do órgão está no limite, pois as câmaras de refrigeração estão quase todas ocupadas.

O diretor explica que a situação acontece porque algumas das câmaras de refrigeração estão com defeito. Além disso, há um grande número de corpos não identificados ou aguardando a retirada das famílias. No caso dos corpos não identificados, o diretor afirma que muitas vezes os cadáveres são encontrados em avançado estado de decomposição, o que acaba por dificultar o processo de identificação. 

Instituto de Medicina Legal. (Foto: Elias Fontinele)

Já nos casos em que os corpos não são reclamados, o diretor aponta que muitas famílias não têm condições de arcar com os serviços funerários e ficam aguardando o serviço social da Prefeitura Municipal de Teresina para fazer o sepultamento. “Enquanto o serviço social da Prefeitura não oferece o serviço de enterrar, os corpos ficam no IML aguardando a retirada”, esclarece o diretor do IML, André Biondi.

Para tentar amenizar a superlotação, André Biondi explica que os corpos que chegam ao IML já identificados e que as famílias têm condições de pagar o serviço funerário são liberados com rapidez, e não ocupam as câmaras de refrigeração. “Estamos trabalhando para que a gente consiga vagar aos poucos, porque diariamente as geladeiras recebem novos cadáveres”, diz.

Demanda aumenta no final do ano

De acordo com o diretor do IML, há um aumento da demanda no período que compreende os feriados de final de ano, como Natal e Ano Novo. Apesar disso, o diretor aponta que a expectativa é de que o fluxo não comprometa a ocupação das gavetas do instituto. “A questão não é o fluxo em si, mas o fluxo desse tipo de cadáver não identificado ou não reclamado, porque eles chegam e ocupam as geladeiras por mais tempo”, pondera.

O IML de Teresina é um dos dois institutos médicos que atendem a demanda de recebimentos de cadáveres no Piauí. O outro instituto está localizado no município de Parnaíba. Sozinho, o IML de Teresina atende a cerca de 1,5 milhão de habitantes, correspondendo ao município de Teresina e algumas cidades do interior do estado.

Prefeitura nega demora para liberar assistência

Em contato com o Portal O Dia, a Prefeitura Municipal de Teresina informou que, de acordo com o que é previsto pela legislação, é responsável por arcar com as despesas funerárias apenas das pessoas que estão inscritas no Cadastro Único. Segundo a PMT, o serviço está funcionando normalmente e não há atraso na liberação dos serviços funerários.

Por: Nathalia Amaral
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