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Após aumento, Setut diz que PMT não cumpre política de subsídio

Segundo o sindicato, sem o subsídio do poder municipal, o valor da passagem na capital deveria ser de R$ 4,71. PMT alega que acordo está sendo cumprido.

03/01/2019 17:43

Em nota enviada à imprensa nesta quinta-feira (3), o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) aponta que a Prefeitura Municipal de Teresina não estaria cumprindo com a política de subsídio acordada entre ambos para garantir a flexibilidade no valor da tarifa da passagem de ônibus.

O posicionamento do Sindicato é feito dias após o Conselho Municipal de Transporte Público de Teresina aprovar o reajuste no valor da passagem de ônibus para o ano de 2019, gerando críticas por parte da população que depende do transporte coletivo, em especial de estudantes e grupos de trabalhadores. Com o aumento, o valor da tarifa do transporte público será de R$ 4,02 inteira e R$ 1,28 meia. O valor ainda deverá ser apreciado pelo prefeito Firmino Filho, que deverá definir se homologa o valor proposto.

Segundo o Setut, o alto valor da passagem estaria relacionado ao não cumprimento da política de subsídio pela Prefeitura, que seria responsável por arcar com parte da tarifa estipulada. “Na cidade de Teresina, a política de subsídio efetiva não assegura a flexibilidade no valor da tarifa, principalmente por conta das gratuidades do sistema que hoje representam 14%, ou seja ainda não consegue cobrir a diferença entre o valor dos custos do setor a tarifa pública”, diz o órgão. Atualmente, as gratuidades são pagas pelos demais passageiros.

Ainda de acordo com o sindicato, baseado na planilha de custo quilométrico do GEIPOT/MT/DF, estudo feito pelo próprio Setut, sem o subsídio do poder municipal, o valor da passagem na capital deveria ser de R$ 4,71. ”Dessa forma, o SETUT defende que a diferença entre os valores da STRANS e do Sindicato seja subsidiado pelo município, evitando onerar ainda mais o bolso dos teresinenses que utilizam o transporte público. Essa diferença entre as duas tarifas a ser custeada pelo município chega ao valor mensal de mais de R$ 2 milhões, segundo o estudo técnico”, defende a entidade.

A reportagem do ODIA entrou em contato com a Prefeitura de Teresina que informou que, “segundo o superintendente da Strans, Carlos Daniel, o acordo que foi feito com o Setut está sendo pago". De acordo com a PMT, a Prefeitura paga um valor para que o sistema seja mantido, arcando com a diferença entre o valor pago pelo passageiro e a tarifa estipulada pelo Conselho. 

Por: Nathalia Amaral
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