O Aeroporto de Teresina - Petrônio Portella, localizado no Centro-Norte da capital, encerrou 2017 com alta na movimentação de passageiros. Com números superiores ao ano de 2016, os terminais de embarque e desembarque fecharam o ano com mais de 1 milhão de viajantes. Apesar dos altos números apresentados, a quantidade está longe de alcançar a capacidade total dos serviços que o aeroporto oferece.

Segundo dados da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), 2017 encerrou com a média de passageiros de mais de 1.104.376 viajantes por ano são 18.402 a mais que o registrado no ano anterior. No entanto, o aeroporto, segundo a empresa pública, pode comportar até dois milhões de passageiros anualmente. Dessa forma, o terminal ainda não recebe o número total de viajantes.

Segundo o empresário Josemil da Silva, o aeroporto supre as necessidades dos usuários de avião na cidade. “Particularmente eu não vejo nenhum tipo de dificuldade. Não vejo nada que inviabilize o andamento por si só do que necessitamos aqui, pois Teresina, apesar de ser uma capital, não possui um fluxo constante de voos”, afirma.

O empresário, que faz viagens mensalmente, conta que não apoia uma reforma ou aumento do número de serviços aéreos. “Eu acredito que o tamanho do aeroporto e a maneira como ele é atende as necessidades dos teresinenses”, conclui.

O aeroporto encerrou 2017 com cerca de um milhão de viajantes que poderia atender. Foto: Assis Fernandes/ODIA

Apesar do aumento da movimentação de viajantes em Teresina, com 108,30 milhões de embarques feitos em 2017, 3,34% a mais que em 2016, o fluxo de passageiros ainda é pequeno em comparação às grandes cidades do país.

Em junho de 2017, o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil apresentou dados que afirmavam maior movimentação nos aeroportos do país. Em geral, em todo o Brasil, o número de passageiros nos aeroportos cresceu 2,12% em relação à 2016. São 15,7 milhões de viajantes a mais do período.

A pesquisa destacou no período as cidades de Recife (PE), com 10,29% de alta; e Confins (MG), com 7,47%. Brasília (DF) e Galeão (RJ) registraram 9,08% e 1,06% de crescimento, respectivamente.

O comerciante José Pereira Souza conta que é de Picos, mas mora em Belo Horizonte e veio visitar alguns parentes de sua cidade natal. Ele comenta as diferenças existentes entre os dois aeroportos. “Na cidade de Belo Horizonte o aeroporto é bem maior, com maior fluxo de pessoas. O daqui é bem menor e com poucas pessoas”, conta.

Em resposta, a Infraero reiterou que o aeroporto tem a capacidade de atender aos passageiros satisfatoriamente, com toda a logística e infraestrutura física necessária de acordo com a demanda existente.

Para atingir ao menos metade do número de passageiros que o aeroporto é capacitado, a Infraero diz que isso teria que ser conversado com as linhas aéreas para a oferta de voos. Cabendo frisar que o fato de ter capacidade não significa que a demanda automaticamente será atendida.