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"œPara democratizar o acesso", diz Fundação sobre os editais culturais de Teresina

De acordo com o Scheyvan Lima, os serviços culturais serão mantidos, o que irá mudar é a relação da Prefeitura com os artistas

13/05/2021 12:37

Em entrevista à O DIA TV, nesta quinta-feira (13), o presidente da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves (FMCMC), Scheyvan Lima, destacou que a Prefeitura de Teresina errou ao anunciar que Organizações Sociais (OS) teriam recursos suspensos. Ele corrigiu a informação e ressaltou que, na verdade, será feita uma nova dinâmica nos editais culturais de Teresina.

De acordo com ele, os serviços culturais serão mantidos, o que irá mudar é a relação da Prefeitura com os artistas. “A dinâmica foi errada e deveríamos ter construído a solução para depois apresentar a saída. Estou falando com o prefeito [Dr. Pessoa] para que possamos rever essa situação, mudar a dinâmica, mas a visão da Prefeitura é a mais democrática possível”, destacou.

O presidente da FMCMC acrescentou que um novo modelo de gestão traz mudanças, o que tem deixado muitos segmentos apreensivos. Scheyvan Lima lembrou que a intenção prioritária da Prefeitura de Teresina é melhorar a relação com os artistas. Para isso, será construído um projeto de lei, em parceria com a Fundação Municipal de Cultura, sociedade civil, Conselho Municipal de Políticas Públicas Culturais e Câmara Municipal de Teresina, de forma a assegurar esses projetos. 

(Foto: Elias Fontinele/ODIA)

“Quando se trata de mudanças, do novo, todo mundo fica apreensivo, e, nessa questão cultural, causou muito desconforto. Nesse momento de transição, na interrupção dos contratos de gestões, o que está sendo encerrado é um contrato financeiro de gestão com CNJP das Organização Social (OS), não com os projetos. Esses são um patrimônio imaterial de Teresina e a Prefeitura financia e financiará todos esses projetos. Vamos assumir esse protagonismo através de uma lei onde democratize mais ainda o  acesso aos mesmos”, ressaltou.

Scheyvan Lima reforçou ainda que todos os artistas ligados à OS e que possuem contratos com a Prefeitura terão seus direitos trabalhistas assegurados, mas acrescentou que as oportunidades para atuar nesses projetos estarão abertas para novos artistas. 

“Queremos que todo e qualquer artista teresinense tenha acesso igualitário a um edital público para participar desses processos. Não podemos garantir perpetuidade a esses artistas que estão com carteira assinada, não é concurso público. Para ampliar esse acesso a mais artistas, precisamos abrir. A FCMC não questiona a importância desses artistas nos projetos, mas precisa ser ampliado”, disse.

O novo projeto ainda deve ser elaborado e enviado para apreciação da Câmara Municipal de Teresina. Sheyvan Lima, presidente da FMCMC, pediu ainda maior compreensão da classe artística. “Não podemos, em detrimento do tempo que essas pessoas fazem parte dos projetos, dizer a elas que são insubstituíveis e que ninguém mais pode pleitear uma vaga dessas. Seria injusto da nossa parte e esse pensamento deveria também vir da classe artística”, completou.

Artistas se manifestam contra suspensão de contratos

A Associação dos Amigos da Orquestra Sinfônica de Teresina (AAOST) e a Associação dos Amigos do Balé da Cidade se reuniram na manhã de quinta-feira (13) para se manifestar em relação a decisão da Prefeitura Municipal de Teresina (PMT) sobre o rompimento do contrato da gestão que garantia os repasses para o funcionamento dos projetos.

(Foto: ODIA)

“São 76 famílias que vão ficar desempregadas, porque pelo momento que estamos, não tem emprego. Não houve diálogo, foi sem avisar que cortaram os contratos e ainda fomos acusados, o que fica é a dor, de que o que fizemos pela cidade, não valeu a pena fazer”, disse o maestro Aurélio Melo, presidente da AAOST.

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