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Vida produtiva aponta para novas realidades para o envelhecimento

Saúde é o que interessa. Isso mesmo, esse bordão tem sido a mola mestra para muitos idosos que descobriram na atividade física uma vida mais prazerosa.

27/08/2018 07:31

O aumento da parcela de idosos no Brasil, e no mundo, já é uma realidade nos dias de hoje. Segundo contabiliza a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2050, o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões, o que representa um quinto da população mundial. Essa informação aponta para alguns cenários como: a preparação dos idosos para uma velhice saudável; a falta de estrutura de organismos públicos, como saúde e previdência, para atender a essa demanda; e os problemas da inserção do idoso no mercado de trabalho. 

No Brasil, a população tem passado nas últimas décadas por um rápido processo de envelhecimento. Em 2012, a população com 60 anos ou mais era de 25,4 milhões. Em cinco anos, até 2017, essa parcela da população cresceu 18,8%, o que fez do país uma das nações com mais idosos. O aumento, que evidência o envelhecimento gradativo, foi constatado na pesquisa Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2017, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Edmar Vasconcelos vê nos exercícios físicos um meio de melhorar a qualidade de vida. (Foto: Elias Fontenele)

O processo de envelhecimento, nos dias atuais, já não é mais o mesmo de outras décadas. Os boomers, pessoas com mais de 60 anos – assim chamadas por terem nascido na época dos baby boomers – estão envelhecendo de forma ativa. Socorro Pires é uma prova disso. Aos 71 anos e aposentada, ela mantem uma rotina de exercícios físicos frequentando a academia pelo menos três vezes na semana, realidade essa bem diferente da de outras gerações de idosos. O reflexo dessa preocupação com o bem-estar, para Socorro, é comprovado na sua saúde. 

“Essa preocupação com atividade física já entrou na cabeça de todo mundo e está sendo provado que é positivo, eu posso provar pelos meus exames. A pessoa hoje já faz normalmente, é como se fosse uma medicação que tem que tomar. Poucos são os que fazem por má vontade, a gente vem aqui, se diverte e brinca”, conta ela, orgulhando-se de quase não ter doenças em seu histórico médico. “Eu não tenho nada, só uma hipertensão leve, mas por conta do emocional”. 

O professor Edmar Vasconcelos, aos 58 anos, também vê na atividade física uma forma de conquistar qualidade de vida. Através desse hábito, ele espera chegar à terceira idade de maneira mais saudável. “É algo que aconselho a todos. As pessoas acham que academia é ficar forte, mas acho que é mais sobre fazer uma atividade física, para que você possa desenvolver aquelas atividades que você necessita no dia a dia. É a maneira mais indicada para chegar a terceira idade saudável, junto a alimentação e ao sono regular”. 

O aumento da parcela idosa, previsto para os próximos anos, mesmo em um cenário onde essa população envelheça de forma saudável, torna- -se uma preocupação para organismos públicos, como o setor da saúde e a previdência. O governo precisa pensar em políticas públicas que atendam de forma adequada e eficaz essa parcela numerosa da população. 

Confira a matéria completa na edição desta segunda-feira do Jornal O Dia.

Por: Yuri Ribeiro
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