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Uma a cada quatro mulheres sofre violência obstétrica no Brasil

Diante dos dados, gestantes estão cada vez mais procurando o serviço de parto humanizado.

24/08/2018 07:52

Cada vez mais debatida, a humanização do parto envolve uma série de questões, desde o tratamento dado por todos os profissionais que compõem o estabelecimento de saúde onde ela é atendida até a oportunidade de escolher os tipos de procedimentos que ela deseja realizar no parto e aqueles que ela não quer, além de evitar que ela sofra violência obstétrica. Segundo o estudo “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado”, realizado pela Fundação Perseu Abramo em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc), em 2010, a violência obstétrica atingia uma a cada quatro gestantes no Brasil. 

Esse tipo de violência pode ser realizado por diversos profissionais e algumas das situações que configuram esse quadro é a recusa de atendimento, procedimentos médicos desnecessários e agressões verbais.

Foto: Reprodução/Fotos Públicas

A servidora pública Viviane Alice foi apresentada ao parto humanizado quando ainda estava tentando engravidar pela primeira vez, através de um grupo no Facebook. Ela afirma que os benefícios para mãe e o bebê fizeram com que ela se apaixonasse pela causa. Os dois filhos de Alice nasceram de parto natural. 

“A ideia de ser protagonista da chegada do meu filho ao mundo me era fascinante. Eu não queria ser aquela que ficava com os braços imobilizados, anestesiada, enquanto outra pessoa retirava meu bebê de mim e eu só poderia vê-lo por alguns segundos. Não! Eu queria estar consciente. E pegá-lo no colo assim que saísse”, conta. 

Alice explica que pesquisou muito sobre parto humanizado e buscou profissionais que a acompanhasse neste processo, mas ressalta que, no segundo parto, a equipe que a assistiu tornou a experiência ainda mais tranquila. 

“No primeiro filho, eu li muito sobre parto humanizado, assisti a vídeos de parto e li muitos relatos de outras mães. Não é um mundo cor de rosa e eu fui pronta pra isso. Com o segundo filho, procurei outra equipe e também fiz fisioterapia ginecológica, o que indico muito. O conhecimento do nosso corpo é essencial para o êxito do parto”, avalia.

E Alice complementa, aconselhando as mulheres que ainda passarão pela experiência. Ela afirma que é preciso ter em mente que não é o médico que vai fazer o parto, e sim a própria mulher. O médico vai estar lá para assisti-la e monitorá-la para que tudo corra como previsto; do contrário, ele intervirá.

“O que posso dizer a outras mulheres é que se preparem para esse momento. Não idealizem. Leiam sobre fisiologia do parto para ter ideia do que as espera. Não deixe tudo nas mãos dos médicos. O corpo é seu e é você que tem que conhecê-lo e saber dos seus limites. E muito importante é ter o apoio de uma doula. Elas dão um grande suporte nesse momento”, reforça.

Confira a matéria completa na edição desta sexta-feira do Jornal O Dia.

Edição: Virgiane Passos
Por: Ananda Oliveira
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