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Tempo chuvoso é propicio a maior contaminação por virose da mosca

Médico explica que adultos também são suscetíveis, porém de maneira mais branda.

15/02/2019 07:52

Com a chegada do período chuvoso, é muito comum o surgimento de viroses, como a da mosca, devido à proliferação do inseto, trazendo consigo os vírus que causam doenças gastrointestinais. A patologia também pode atingir crianças na fase escolar, requerendo maior atenção e cuidado dos pais.

Segundo o pediatra Maurício Raulino, o rotavírus é um dos principais agentes causadores dessa doença. A transmissão é fecal-oral, adquirida por alimento e água contaminados. Habitualmente é uma doença autolimitada que, em outras palavras, significa que logo irá passar.

“Os sintomas são inespecíficos, traduzidos pelo surgimento de vômitos e febre, evoluindo com diarreia. O diagnóstico deverá ser feito pelo médico, através da história clínica e exame físico, reservando exames laboratoriais somente nos casos atípicos. A orientação é de que a criança fique em ambiente domiciliar, evitando compartilhamento de utensílios, como copo, talheres, entre outros, por ser uma doença contagiosa, principalmente quando o agente etiológico é o rotavírus”, explica.

Porém, o médico explica que adultos também são suscetíveis, porém de maneira mais branda. Foi o que aconteceu com a hoteleira Mônica Lima. Ela conta que começou a sentir calafrios no final do dia e, poucas horas depois, estava vomitando, recorrendo ao serviço médico.

“Quando eu cheguei ao hospital, comecei a ter disenteria. O médico me infirmou que estava com sintomas da virose da mosca, que é caracterizada por esses sintomas que eu estava sentindo, além de febre. Eu tomei soro e um remédio para enjoo e me passou uma medicação para tomar em casa. Ainda cheguei a ficar uns dois dias me sentindo muito mal, tanto que não conseguia ir ao trabalho. Somente no quarto dia, eu comecei a me sentir mais disposta a retomar minhas atividades”, conta Mônica Lima.


Foto: Reprodução

Cuidados e tratamento

O médico Maurício Raulino orienta que o tratamento deva ser realizado com uso de prebióticos, hidratação com soro oral e medicamentos sintomáticos, devidamente prescritos pelo médico, adicionando-se a isso as orientações gerais. Ele salienta que, para evitar a contaminação, é imprescindível que os cuidados com a higiene sejam redobrados, evitando também que outras pessoas contraiam a doença.

“É preciso lavar bem os alimentos, beber água filtrada e evitar contato direto com outras pessoas com doença em curso. Vale destacar que a vacina do rotavírus faz um diferencial enorme”, finaliza o pediatra.

Sesapi alerta para aumento de casos de arboviroses

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) alerta para o possível aumento de casos de arboviroses em todo o Piauí. Segundo dados da 6ª semana epidemiológica divulgados pela Sala Estadual de Controle de Arboviroses, houve uma redução de 83,1% no número de notificações de chikungunya em relação ao mesmo período do ano passado. Porém, ao comparar com boletins anteriores deste ano, a redução vem diminuindo, o que é motivo de alerta à população.

O supervisor de arboviroses da Sesapi, Antônio Manoel, explica que, “no período de chuvas, no primeiro semestre, sempre há aumento de casos de arboviroses, isso acontece pela maior proliferação do Aedes aegypti por conta da água parada”.

O número de casos notificados de dengue reduziu 66,5%, também menos que outras semanas epidemiológicas deste ano. Nessa semana, houve o primeiro caso de zika vírus notificado do ano, identificado em Teresina.

Por: Isabela Lopes
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