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Sesapi e FMS divergem sobre registro de casos de H1N1; entenda

O Ministério da Saúde disponibiliza dois sistemas para alimentação de dados; entenda a diferença e veja perguntas e respostas sobre a Influenza.

09/05/2018 15:41

Desde o início da semana, os números de casos de H1N1 divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde e pela Fundação Municipal de Saúde apresentam divergência. Enquanto um órgão afirma que há 15 casos confirmados, o outro diz que existem 32. A explicação para essa diferença nos números está na forma como os dados são anunciados.

O Ministério da Saúde disponibiliza dois sistemas para alimentação de dados: o SINAN Influenza Web e SIVEP-Gripe. Segundo o diretor da Unidade de Vigilância e Atenção à Saúde, Herlon Guimarães, no primeiro, são coletadas as informações da Síndrome Respiratória Aguda Grave, que é de notificação obrigatória, já que são casos que requerem maior atenção por conta do risco de morte. Já o SIVEP-Gripe identifica os casos de síndromes gripais, que são menos graves e mais recorrentes.

A Sesapi divulga apenas os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, ou seja, de pessoas que precisaram ser internadas para o tratamento, que são 15 pacientes. Já a Fundação Municipal de Saúde divulga todos os casos em que o exame indicou o H1N1, mesmo o de pacientes que não precisaram ser internados, o que soma 32 pessoas.

Segundo Amariles Borba, diretora de vigilância em saúde da FMS, dos 32 casos confirmados, 17 pacientes não precisaram se internar. Dos 15 que apresentaram Síndrome Respiratória Aguda Grave e precisaram de internação, um morreu, alguns já receberam alta e outros ainda estão internados, mas estáveis.

O paciente com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave deve ser imediatamente tratado, inclusive com internação e adotados os protocolos definidos. Um deles é a identificação de qual tipo de vírus foi acometido, se H1N1, adenovírus, metapneumovírus, parainfluenza, entre outros. A amostra do material é encaminhada para o Laboratório Central – LACEN/PI, que fornece o resultado em até cinco dias.

Perguntas e respostas sobre H1N1

O que é Influenza?

É um vírus que causa infecção respiratória e propaga-se rapidamente. O vírus da influenza é uma das causas da síndrome gripal.

Quais as diferenças nos sintomas da gripe comum e influenza H1N1

Influenza H1N1:

  • febre com mais de 39º e início súbito;

  • dor de cabeça intensa;

  • calafrios frequentes;

  • cansaço extremo e falta de ar;

  • tosse contínua e seca;

  • dores musculares intensas;

  • ardência nos olhos intensa;

  • dor de garganta leve;

  • catarro pouco comum

Após apresentar os sintomas, deve procurar orientação médica e o tratamento deve iniciar em 48 horas.

Gripe comum:

  • febre moderada, que não chega aos 39º;

  • dor de cabeça moderada;

  • calafrios esporádicos;

  • cansaço moderado;

  • dores de garganta intensas;

  • tosse moderada;

  • catarro forte com congestão nasal;

  • dores musculares moderadas;

  • ardência nos olhos leve

O que é Síndrome Respiratória Aguda Grave?

É uma gripe grave, literalmente. A pessoa fica cansada, tem febre alta, pode ter um colapso da circulação, a pressão cai muito. Tem alteração, infecção de outros órgãos. É causada pelos mesmos agentes da gripe e o vírus da influenza é um deles. H1N1, H2N3 e outros vírus podem causar essa Síndrome.

H1N1 pode matar?

Sim. Particularmente, as pessoas mais vulneráveis

Como H1N1 é transmitido?

Da mesma maneira pela qual se transmite a gripe comum. Os vírus da influenza se disseminam de pessoa para pessoa, especialmente através de tosse ou espirros das pessoas infectadas. Algumas vezes, elas podem se infectar tocando objetos que estão contaminados com os vírus da influenza e depois tocando sua boca ou o nariz.

Quais as medidas de prevenção?

Lavar as mãos, principalmente. Se estiver tossindo, usem o álcool gel. Pegou na maçaneta, passe a mão no álcool gel.

Quais são os grupos prioritários?

• indivíduos com 60 anos ou mais de idade;

• crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade (quatro anos, 11 meses e 29 dias);

• gestantes e puérperas;

• trabalhadores da saúde;

• povos indígenas;

• grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;

• professores das escolas públicas e privadas;

• adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;

• população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.

Pessoas jovens, de 40 anos e que não tenham co-morbidade, não devem receber a vacina antes de uma criança pequena, de uma pessoa que está doente e de um idoso. 

Por: Nayara Felizardo
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