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Projeto Mama Cajuína pode deixar de realizar exames por falta de recursos

Iniciativa visa atender mulheres de Teresina, de 40 a 69 anos, facilitando o acesso à mamografia e agilizando o diagnóstico precoce da doença.

23/10/2018 08:40

O Projeto Mama Cajuína, promovido pela Fundação Maria Carvalho Santos e pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), vem sendo desenvolvido desde fevereiro deste ano e visa atender mulheres de Teresina de 40 a 69 anos. Porém, devido à falta de doações, o projeto corre o risco de não conseguir atingir seu objetivo, que é atender 24 mil mulheres até outubro de 2018. 

Segundo Luiz Ayrton Santos, mastologista e presidente da Fundação Maria Carvalho Santos, o Mama Cajuína é um dos 44 projetos desenvolvidos pela instituição e um dos mais significativos da entidade. Contudo, para se manter, é imprescindível a colaboração e doação de toda a sociedade.

“Esse é o maior projeto da Fundação Maria Carvalho Santos, foi o projeto que escolhemos para comemorar os 20 anos da Fundação e, infelizmente, está sendo feito com os recursos próprios da instituição. As pessoas que doam e colaboram estão contribuindo para que esse projeto seja feito, mas se no Outubro Rosa fossem vendidos muitos kits, teríamos recursos para atingir nossa meta. Nos mantemos através da doação voluntária, venda de produtos na lojinha, pequenos outros projetos e parcerias com empresas, mas infelizmente nenhuma empresa é nossa parceira”, confessa.

Foto: Arquivo/O DIA

O Mama Cajuína estimula a realização do exame de mamografia e está sendo feito em Teresina com o objetivo de atingir o máximo de mulheres para dar resposta à Lei da Mamografia, uma das lutas do Outubro Rosa e que visa atender mulheres a partir dos 40 anos. Luiz Ayrton Santos destaca que essa lei pontua que o gestor deve dar uma cobertura mamográfica de 60% em mulheres entre 40 a 69 anos, mas que, no Piauí, essa cobertura foi de apenas 21,48% ao longo de dois anos.

“O Piauí tem cobertura de 21,48%, mas se levarmos em consideração que Teresina tem uma cobertura bem maior que o Piauí, se tirarmos Teresina, o Estado fica com cobertura de 6% a 8%, e isso é vergonhoso, porque deveríamos estar alcançando os 60%. Por isso, precisamos de doações, porque se Outubro Rosa dá despesa para nós, imagina o Projeto Mama Cajuína; por isso, estamos com dificuldade de manter o projeto”, frisa.

O mastologista destaca ainda que, apesar da falta de recursos, até o momento, 17 mil mulheres já foram atendidas, podendo este se tornar o maior programa de rastreamento do Brasil. “O Projeto Mama cajuína é desafiador porque é o maior projeto nesse sentido, mas precisamos de ajuda. Além do apoiar se vestindo de rosa, é interessante também que a sociedade se sensibilize e doe, pois só assim será possível manter os projetos”, acrescenta.

Para participar do projeto, as mulheres que vão ao posto de saúde devem pedir para fazer o exame pelo Mama Cajuína, que será encaminhado para a Fundação Maria Carvalho Santos, onde os médicos irão avaliar. Caso tenha alguma alteração, será realizada a biópsia e iniciado o tratamento imediatamente.

Por: Isabela Lopes
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