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Pais e escolas devem dialogar para oferecer alimentos saudáveis às crianças

Uma vez consolidada, a consciência sobre bons hábitos alimentares perdura a vida toda.

13/09/2018 07:49

A preocupação não só com o sobrepeso infantil, como com alternativas saudáveis para alimentação das crianças, é uma realidade no dia a dia de pais e educadores. Pensando em como oferecer uma alimentação nutritiva e balanceada, ao tempo em que ensinam bons hábitos alimentares que podem se consolidar e perdurar por toda vida, famílias e escolas têm feito desse tema algo cada vez mais presente no cotidiano infantil.

A antropóloga Joseane Araújo é mãe de Téo Joaquim, de 3 anos, e conta que vem trabalhando a alimentação saudável desde cedo. Vegetariana, ela se preocupa em passar essa dieta para o filho e ele aceita bem o cardápio. Geralmente, as crianças apresentam muita resistência com frutas e verduras. Mas no caso de Téo, ele gosta bastante e aprova o cardápio preparado pela mãe.

“A proteína animal que a gente come é ovo. Ele nunca comeu carne. (...) Ele quer ver os alimentos, está naquela fase de curiosidade. [Na escola] tenho toda preocupação, principalmente com outras crianças, pela influência. Converso com ele pra sempre perguntar o que é a comida antes de aceitar. Me preocupo com o contato, não quero ser completamente rigorosa, porque sei que vai acontecer [dele comer algo que não costumo oferecer]”, conta Joseane.


Assim como sua mãe, Téo Joaquim, de 3 anos, come apenas alimentos vegetarianos. Foto: Geici Mello/ODIA

Dicas

A nutricionista Ianne Fernandes explica que a fase crucial para adaptar a alimentação é na primeira infância (de 0 a 6 anos). Segundo ela, o bebê não nasce sabendo o que comer. Isso quer dizer que, se os pais instruem a criança a se alimentar com menos sal e menos açúcar nos alimentos, por exemplo, ele não terá problemas com isso. Por outro lado, se a criança vai crescendo com uma alimentação menos saudável, ao chegar na adolescência, terá dificuldades de se adaptar a um outro tipo de alimento.

Para deixar a alimentação mais saudável, Ianne aconselha que a escola e a família mantenham um diálogo para que a dieta seguida em casa possa ser adotada pela escola e vice-versa.

Além disso, para deixar o cardápio mais atrativo, a nutricionista explica que as profissionais da área são preparadas para fazer um treinamento nas instituições em que trabalham. A partir disso, podem ser usados desenhos na hora de montar o prato ou cortar os alimentos em formatos diversos, como coração e estrela. Essas estratégias instigam a curiosidade das crianças, influenciando diretamente na alimentação.

Edição: Virgiane Passos
Por: Ananda Oliveira
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