Há três anos, Juliana da Conceição, de 40 anos, depositou toda sua esperança em um procedimento que ela acredita ser, como afirma com veemência, “a última esperança”. Pesando 117 kg, a dona de casa faz parte do grupo de dezenas de pessoas que aguardam na fila do Sistema Único de Saúde (SUS), no Piauí, para realizar a cirurgia bariátrica.
O procedimento vem se tornando um importante aliado no tratamento de pacientes com obesidade, porque faz com que o estômago fique menor – seja por restringir seu tamanho com algum artifício mecânico, ou pela remoção de uma porção com a cirurgia – e, assim, contribua para a perda de peso e melhoria da qualidade de vida.
Juliana e Leda precisam fazer o procedimento para recuperar a saúde e suas atividades rotineiras (Foto: Assis Fernandes/O Dia)
No Piauí, o Hospital Getúlio Vargas (HGV) tem um setor preparado para realizar a intervenção cirúrgica desde 2014, mas a falta de habilitação do Ministério da Saúde impediu seu funcionamento de pronto. Desde então, a espera e a fila de pacientes que aguardam o procedimento só aumentam.
“Tentei todos os tipos de
dieta durante a vida, mas nada
deu certo e, depois que tive filho,
fiquei com muito mais sobrepeso.
Estou na espera desse
setor ficar pronto para atender
há quase três anos, eu vejo
como minha última esperança.
Na rede particular, infelizmente,
não tenho condições”, relata
Juliana.
HGV espera realizar procedimentos em julho
A unidade de saúde tem
o espaço desde 2014, quando realizou duas
cirurgias. No entanto, como não aconteceu a
habilitação pelo Ministério da Saúde, o setor
ficou sem funcionar. Agora, com a aprovação
da habilitação, a expectativa é que a primeira
cirurgia aconteça em julho.
A diretora geral do HGV, Fátima Garcez,
informa que a habilitação do Serviço foi aprovado
no dia 24 de maio, na reunião extraordinária
da Comissão Intergestores Bipartite,
juntamente com a cirurgia cardíaca. "Queremos
iniciar em julho a cirurgia bariátrica e, no
segundo semestre, a cirurgia cardíaca", explica.
Confira está reportagem na integra na edição de 'Fim de Semana' do Jornal O Dia.
Por: Glenda Uchôa