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Pacientes aguardam cirurgias em corredor de hospital em Floriano

Segundo um dos pacientes que aguarda por procedimento, a espera chega a 15 dias. O motivo seria a falta de material cirúrgico.

17/07/2018 13:17

Sem material para realizar cirurgias, dezenas de pacientes esperam por procedimentos cirúrgicos em macas espalhadas pelos corredores do Hospital Regional Tibério Nunes, localizado na cidade de Floriano, a 247 km de Teresina. A denúncia foi feita por um dos pacientes que está há mais de uma semana aguardando por uma cirurgia na clavícula.

Sem material, pacientes aguardam cirurgias em corredor de hospital em Floriano. (Foto: Reprodução)

Nas fotos postadas nas redes sociais, é possível ver que os pacientes esperam em macas nos corredores, enquanto os acompanhantes ficam em pé ou em cadeiras. Em uma das fotos, um dos acompanhantes faz uma refeição no chão do hospital. O relato foi divulgado através da página do professor José Antônio Toy, morador da cidade de São João do Piauí e que está no hospital com uma fratura na clavícula.

Sem material, pacientes aguardam cirurgias em corredor de hospital em Floriano. (Foto: Reprodução)

Segundo ele, a espera já dura oito dias. Contudo, outros pacientes estão no hospital há mais de 15 dias aguardando cirurgias. "Me sinto impotente. Visto que pela primeira vez precisei desse atendimento desse porte e está desse jeito", diz ele. Ao contrário dos outros pacientes, o professor relata que está internado em um dos quartos do hospital, com mais quatro pacientes.

Sem material, pacientes aguardam cirurgias em corredor de hospital em Floriano. (Foto: Reprodução)

O professor afirma que uma equipe médica da unidade de saúde informou que as cirurgias não estão sendo realizadas por falta de material, mas a previsão é de que os procedimentos sejam retomados em brevetg. "Hoje pela manhã, um médico falou que o material chegou e tem material pra mais ou menos uns 40 pacientes, mas mesmo assim ainda não é o suficiente", lamenta o professor. 

Outro lado

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) informou que o Hospital Regional Tibério Nunes recebe mais pacientes do que o próprio HUT, em Teresina. Somente em 2018, foram 2.149 pacientes encaminhados para o Hospital de Floriano e apenas 563 para o HUT. Mais: 74% dos pacientes que necessitam de cuidados em neurocirurgia são encaminhados para o Tibério Nunes. De acordo com a Sesapi, são realizadas 500 cirurgias mensalmente na unidade de saúde.

Segundo o órgão, atualmente o hospital recebe mais de 13 mil pacientes por mês, acarretando uma sobrecarga na assistência médico-hospitalar da unidade. "O pronto-atendimento recebe tanto demanda espontânea, aqueles que vêm diretamente ao Hospital, sem o encaminhamento, como recebe também pacientes encaminhados pela Central Estadual de Regulação", comunicou.

"Apesar disso, a direção do Hospital não tem medido esforços para dar vazão aos procedimentos cirúrgicos, especialmente os de ortopedia, que têm grande demanda. Ressalta-se que toda a equipe trabalha diuturnamente para garantir que o paciente seja submetido à cirurgia em até 48 horas", informou a nota.

Leia a nota íntegra:

Por uma demanda crescente de atendimentos a pacientes do sul do Estado, o Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, atualmente recebe mais de 13 mil pacientes por mês, acarretando uma sobrecarga na assistência médico-hospitalar da unidade. O pronto-atendimento recebe tanto demanda espontânea, aqueles que vêm diretamente ao Hospital, sem o encaminhamento, como recebe também pacientes encaminhados pela Central Estadual de Regulação.

E os dados do Complexo Regulador Estadual demonstram que esta unidade vem recebendo mais pacientes que o próprio HUT, em Teresina. Somente em 2018, foram 2.149 pacientes encaminhados para o Hospital de Floriano e apenas 563 para o HUT. Mais: 74% dos pacientes que necessitam de cuidados em neurocirurgia são encaminhados para o Tibério Nunes.

Apesar disso, a direção do Hospital não tem medido esforços para dar vazão aos procedimentos cirúrgicos, especialmente os de ortopedia, que têm grande demanda. Ressalta-se que toda a equipe trabalha diuturnamente para garantir que o paciente seja submetido à cirurgia em até 48 horas.

Por: Nathalia Amaral
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