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Varíola do Macaco: Ministério da Saúde confirma sexto caso no Brasil

Há 13 casos suspeitos em investigação

16/06/2022 17:02

O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (16), o sexto caso de varíola dos macacos no Brasil. O paciente, de 28 anos e com histórico de viagem à Europa, está em isolamento domiciliar em Indaiatuba, interior de São Paulo. Ele apresenta quadro clínico estável e segue monitorado pelas autoridades sanitárias locais, diz a pasta.


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(Foto: Dado Ruvic/REUTERS)

Dos seis casos confirmados no Brasil, quatro estão em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e um no Rio de Janeiro. Há 13 casos suspeitos em investigação.

Identificada pela primeira vez em macacos, a doença viral faz o paciente apresentar febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, além de erupções cutâneas.


Entenda o que é a varíola dos macacos

A varíola dos macacos foi descoberta pela primeira vez em 1958, quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colônias de macacos mantidos para pesquisa. O primeiro caso humano dessa variante foi registrado em 1970 no Congo. Posteriormente, foi relatada em humanos em outros países da África Central e Ocidental.

“A varíola dos macacos ressurgiu na Nigéria em 2017, após mais de 40 anos sem casos relatados. Desde então, houve mais de 450 casos relatados no país africano e, pelo menos, oito casos exportados internacionalmente”, explica uma publicação recentemente divulgada pelo Instituto Butantan. 

De acordo com o instituto, esse tipo de varíola é causada por um vírus que infecta macacos, mas que incidentalmente pode contaminar humanos. “Existem dois tipos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central). Embora a infecção pelo vírus da varíola dos macacos na África Ocidental às vezes leve a doenças graves em alguns indivíduos, a doença geralmente é autolimitada (que não exige tratamento)”, explica o instituto.

No geral, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal) ou pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis, informa o Butantan. Uma medida para evitar a exposição ao vírus é a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel.

O Médico infectologista do Hospital Universitário de Brasúlia (UnB), André Bon, descreve essa varíola como uma “doença febril” aguda, que ocorre de forma parecida à da varíola humana. “O paciente pode ter febre, dor no corpo e, dias depois, apresentar manchas, pápulas [pequenas lesões sólidas que aparecem na pele] que evoluem para vesículas [bolha contendo líquido no interior] ate formar pústulas [bolinhas com pus] e crostas [formação a partir de líquido seroso, pus ou sangue seco]”.

O período de incubação da varíola dos macacos costuma ser de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, conforme relato do Butantan. Por isso pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por 21 dias.

O Butantan ressalta que residentes e viajantes de países endêmicos devem evitar o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas). Devem também “abster-se de comer ou manusear caça selvagem”.

Fonte: Com informações da Agência Brasil
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