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Funcionários de Maternidade estão com salários atrasados há três meses

Nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos em enfermagem estão sofrendo com os atrasos

05/11/2016 09:32

Cerca de 150 funcionários que trabalham na Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), em regime de contratos temporários, estão com os pagamentos dos salários atrasados há três meses, referente aos meses de agosto, setembro e outubro. Os funcionários alegam ainda que a paralisação, que estava prevista para começar ontem (4), não teve início por medo de represálias por parte da direção da Maternidade. 


Uma das funcionárias, que preferiu não se identificar, conta que dos 150 contratados, apenas 35 compareceram à mobilização que estava marcada para manhã dessa sexta-feira, por medo de represálias da administração do hospital. “Os funcionários estão com medo porque, na última vez que fizemos uma paralisação, a funcionária que estava dando entrevistas para os meios de comunicação foi demitida pela Maternidade logo em seguida. O nosso medo é que se dermos as caras, eles vão fazer o mesmo”, relata. 


Outra funcionária afirma que esta não é a primeira vez que os funcionários têm os benefícios atrasados pela Maternidade. Em 2015, os trabalhadores com contratos temporários chegaram a ficar cinco meses sem receber os salários. “Nós temos que arranjar outros empregos para poder nos sustentar, porque temos família, contas para pagar e não podemos ficar esperando eles regularizarem o pagamento. Mas isso gera um desgaste muito grande, porque trabalhamos sem saber que dia vamos receber”, comenta. 


Entre os funcionários que estão com os salários atrasados estão nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos em enfermagem. “Nós queríamos saber qual é o critério que eles estabelecem para fazer os pagamentos, porque os médicos recebem os salários deles, algumas enfermeiras também, mas os demais, que possuem o mesmo tipo de contrato, não recebem”, destaca um colaborador, sob anonimato. 


Contraponto 


A diretoria da Maternidade Dona Evangelina Rosa reconheceu, em nota, o atraso do pagamento dos vencimentos dos servidores que trabalham em regime de contratos temporários e informou que o repasse é feito através de recursos provenientes da Secretaria de Estado da Fazenda, que tem encontrado dificuldades nos últimos meses para realizá-lo. 


Em reunião com o secretário de Estado da Saúde, na quinta-feira (3), foi informado que o pagamento será regularizado até o próximo dia 11 de novembro. Sobre as possíveis represálias informadas pelos funcionários, a diretoria da Maternidade argumenta que as acusações não têm fundamento e que a diretoria sempre manteve um diálogo aberto com todos os colaboradores. 


Na manhã de ontem, durante a reunião dos funcionários, o diretor administrativo da MDER, Vicente Albino, convidou os manifestantes para uma reunião para esclarecer sobre os pagamentos e defendeu que não foi tomada nenhuma medida com o intuito de inibir os manifestantes.

Edição: Virgiane Passos
Por: Nathalia Amaral
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