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Engasgos são mais frequentes em crianças, alerta pediatra

Especialista alerta que 60% dos engasgos das crianças é causado por alimentos. Porém, ele enfatiza que também há um grande número de casos em decorrência da ingestão de moedas e brinquedos.

02/08/2018 06:57

Quando um alimento ou objeto percorre um caminho errado, ou seja, ao invés de descer pelo trato alimentar (esôfago) acaba indo para o trato respiratório (traquéia), a pessoa se engasga. Todavia, segundo o pediatra Ramon Nunes, eventos como este são mais frequentes em crianças. 

“Elas ainda estão na fase de aprendizagem, desenvolvimento da habilidade de deglutição e mastigação, além de não terem a arcada dentária completa, o que atrapalha no triturar dos alimentos. O engasgo pode bloquear a passagem do ar, levar à asfixia e até mesmo morte”, explica.

O especialista alerta que 60% dos engasgos das crianças é causado por alimentos. Porém, ele enfatiza que também há um grande número de casos em decorrência da ingestão de moedas e brinquedos. Ramon Nunes lembra que estas ocorrências se devem ao fato de as crianças terem contato com alimentos e objetos inadequados para a sua idade e desenvolvimento.

Foto: Folhapress

“Oferecer alimentos inadequados para a idade, ou brinquedos com peças muito pequenas, dentre outros motivos, [são as principais causas dos engasgos]. É justamente por isso que a principal preocupação deve ser com a prevenção e a busca por orientações sobre quando e como iniciar a alimentação das crianças”, comenta.

Orientações

Para as crianças menores que seis meses e que estão se alimentando apenas de leite, é preciso ter o cuidado de mantê-las com a cabeça elevada por pelo menos 30 minutos após a alimentação. Já na hora de colocá-las para dormir, deve-se sempre deixá-las de barriga para cima e com a cabeça virada para o lado afim de evitar sufocamentos. 

“Os cuidados para evitar os engasgos são universais, mas os pontos de perigo variam de acordo com a idade. Para as crianças menores, ter especial atenção com a época para introdução alimentar, que se inicia após os seis meses, e com o tamanho e a consistência dos alimentos. Devemos lembrar que, para as crianças sem problemas neurológicos, o ato de mastigar só vai ficar bem coordenado, maduro por volta dos cinco anos de idade. É comum ouvirmos dizer que crianças após um ano podem comer de tudo; realmente são raras as restrições alimentares, mas não pode ser feito de qualquer forma”, pontua.

O especialista enfatiza ainda que o momento da alimentação deve ser de tranquilidade, sem distrações para a criança, para que o ato de comer seja consciente. De acordo com ele, comer desorganizadamente ou brincando, correndo, aumenta mais ainda os riscos de engasgos, pois pode acontecer da criança respirar com alimento dentro da boca e entrar na via aérea. 

Confira a matéria completa na edição desta quinta-feira do 'Jornal O Dia'.

Por: Isabela Lopes
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