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Doença incurável, o alcoolismo afeta milhões de pessoas em todo o mundo

A Organização Mundial de Saúde estima que mais de 280 milhões de pessoas sofram com transtornos do alcoolismo.

25/03/2019 06:59

Considerado uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o alcoolismo afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo um relatório realizado pela OMS e divulgado em 2018, estima-se que 237 milhões de homens e 46 milhões de mulheres sofram com transtornos relacionados ao consumo de álcool. 

O alcoolismo, além dos prejuízos às relações sociais, provoca danos no corpo ocasionados pelo consumo excessivo de álcool. Além disso, todos os dias, acidentes de trânsito são causados todos os dias pela embriaguez ao volante, muitas vezes ocorrências fatais. Uma série de iniciativas ocorrem na luta contra a doença. Uma delas é o grupo Alcoólicos Anônimos. 

Há 42 anos no Piauí, o Alcoólicos Anônimos é considerado um grupo de autoajuda pela própria entidade que se define também como uma irmandade, que busca ajudar as pessoas a parar de beber. 

O Piauí integra o Comitê de Área 15, que conta com 123 grupos de AA. Desses, 12 grupos funcionam no estado do Maranhão distribuídos em cinco cidades. O AA está presente em 180 países e tem 82 anos de história no Brasil. 

“A irmandade não é anônima, os membros é que são anônimos. Ela está aberta para a sociedade, é um grupo de autoajuda em prol de fazer com que a pessoa pare de beber e mude de vida”, assinala o psicólogo Luís Antônio Vieira, que é voluntário e vice-presidente da Junta Nacional de Alcoólicos Anônimos. 


Psicólogo luís antônio Vieira, voluntário e vice-presidente da Junta Nacional de alcoólicos anônimos - Foto: Assis Fernandes/O Dia

O voluntário lembra que o alcoolismo é uma doença incurável e que envolve de uma maneira intensa também os familiares, que também passam a sofrer as consequências da dependência daquele ente querido. 

“Existem pessoas que bebem e outras que não podem beber por serem dependentes químicos do álcool. Ele precisa cuidar todo os dias. Tem pessoas que pararam de beber e já estão no AA há 30, 40 anos. É uma irmandade, porque [é um trabalho] permanente”, diz. 

A maior dificuldade, na avaliação do psicólogo, é aceitação por parte do alcoólico. “Há a dificuldade de aceitar que é doente e muitas vezes, como mecanismo de defesa, a pessoa nega. Elas dizem que têm con trole, que irão parar quando quiserem ou que bebem com o próprio dinheiro. Quando chega no fundo do poço, quando percebe que as coisas estão ficando difíceis, aí essas pessoas procuram ajuda”, analisa.

Por: Ananda Oliveira - Jornal O Dia
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