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Casos de Chikungunya aumentam 203% em relação a 2016 no Piauí

Em todo o Estado, a Secretaria de Saúde já notificou 6.216 casos da doença. Cinco municípios concentram as maiores incidências.

03/11/2017 14:43

O Piauí continua em estado de alerta por conta do aumento significativo nos casos de Febre Chikungunya. Somente em 2017, os registros da doença aumentaram 203,2% em relação ao ano passado. São 100 municípios com notificações, 6.216 casos prováveis e 4.598 confirmados. A incidência é de 194 casos para cada cem mil pessoas.

Para efeito de comparação, em 2016, o Piauí registrou 2.050 casos de Chikungunya, pouco mais de um terço da quantidade notificada em 2017, e as confirmações chegaram à casa dos 1.414 casos. A incidência em todo o Estado era de 64 registros para cada grupo de cem mil habitantes e a Chikungunya estava presente em 65 cidades.

Em 2017, São Raimundo Nonato, Francinópolis, Cajueiro da Praia, Várzea Branca e Luís Correia são as que possuem as maiores incidências da doença. Francinópolis, por exemplo, registra 2230,6 casos de Chikungunya para cada grupo de cem mil habitantes. Em Luís Correia, a incidência é 940,5 casos para cada cem mil pessoas.

Apesar do alto número nos registros de Febre Chikungunya este ano no Piauí, o Estado registrou apenas uma morte relacionada à doença, em Teresina. A Capital lidera ainda na quantidade de casos prováveis notificados: 2.624, seguida de Parnaíba, com 826, São Raimundo Nonato, com 754, Floriano, Luís Correia, com 278, e Floriano, com 240 notificações.


A Febre Chikungunya é uma das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (Foto: Arquivo O Dia)

Dengue e Zika

Na contramão da Febre Chikungunya, houve uma redução de 3,2% nos casos de dengue no Piauí em relação a 2016. De janeiro a novembro, foram 4.918 casos notificados em 101 municípios. Os casos de zika também registraram diminuição quando comparados os dados ao ano passado. Em 2016 foram 216 registros da doença no Piauí, e em 2017, 157.

A explicação para a redução da dengue e aumento da chikungunya se dá pelo fato da dengue está a mais tempo instalada, segundo o epidemiologista Inácio Lima. Ele explica: “As pessoas que adoeceram por um dos quatro tipos de vírus da dengue, nunca mais adoece por aquele vírus, mesmo que ele esteja circulando a pessoa já está imune. Enquanto que a chikungunya é uma doença mais recente, que se instalou há pouco mais de dois anos no Piauí, então toda a população está vulnerável a adoecer pela chikungunya”, diz.

Por: Maria Clara Estrêla
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