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Cães necessitam de cuidados redobrados durante o B-R-O-Bró

As altas temperaturas são prejudiciais para os animais, que podem ter até choque térmico.

09/10/2018 09:33

É B-R-O-Bró e o período que registra as mais altas temperaturas no Piauí não dá trégua nem para os animais. Nesta época do ano, é importante estar atento ao bem-estar dos cães para que eles não sofram com o calor excessivo. Muitos cuidados são importantes para melhorar a qualidade de vida dos bichinhos. Segundo Flávia Parente, tutora da Luna, as rotinas de passeios acabam um pouco limitadas devido ao calor em Teresina. 

“A minha cachorra é idosa, cardiopata, então não pode fazer esforço físico excessivo. Eu costumava levá-la para caminhadas aos domingos na Avenida Raul Lopes e, nessa época do ano mais quente, eu procurava ir no final da tarde, quando o asfalto estava mais frio para que não machucasse as patas”, conta. 

Foto: Arquivo/O DIA

Ela defende os passeios com os cachorros como algo essencial para o desenvolvimento, tanto dos sentidos como para evitar estresse. “Os cachorros precisam disso para não se tornarem estressados e até destrutivos. Tem que incorporar os passeios. Eu convivo com cães desde que eu era criança, não fiz nenhuma pesquisa nesse sentido, mas já tinha essa percepção de saber que o asfalto esquenta muito e pode queimar as patinhas. Você deve estar atento para perceber se o cachorro está muito cansado e oferecer água fresca, além de oferecer um local com sombra, arejado, para ele descansar”, aconselha.

Orientações veterinárias

Ao contrário do que muitos pensam, os pelos ajudam a manter o equilíbrio da temperatura corporal. Tosar os cães pode piorar a situação térmica e provocar queimaduras na pele. A médica veterinária Umeko Takeshita explica que os tutores precisam ter cuidados com os cães porque a exposição a altas temperaturas leva ao aumento da temperatura corporal, o que pode provocar um choque térmico. 

“Os tutores podem perceber isso através da frequência cardíaca e respiratória do animal, que vai estar mais ofegante e com a língua do lado de fora, tentando fazer a troca de calor. É importante prestar atenção também na mucosa oral, principalmente na língua do animal, se estiver muito acinzentada ou arroxeada, pode ser falta de oxigênio bem crítica. Observar se o animal fica muito amuado, muito tempo deitado, que pode ser um indicativo”, explica.

Além disso, os tutores devem observar o horário que levam os cães para vacinar. O animal recebe a carga de vacina, além do estresse térmico e o cansaço e acaba tendo outras reações. “Nas campanhas de anos passados, chegaram casos para mim de animais que tiveram muita reação à vacina. A vacinação acontece de 7h às 17h e a pessoa não escolhe os melhores horários. A pessoa não pensa, às vezes, que ela está de calçado e o animal não. Acaba expondo o animal a uma caminhada que ele não está acostumado em um horário que não é propício”, relata. O conselho da especialista é observar horários mais amenos e se o animal suporta fazer a caminhada até o local de vacinação. 

Foto: Folhapress

Cuidados em casa

No período mais quente do ano, que é o B-R-O-Bró, é importante estar atento aos cuidados com os animais também dentro de casa. A veterinária Umeko Takeshita diz que dá pra fazer muita coisa pra melhorar a qualidade de vida dos cães. Algumas medidas caseiras podem diminuir a sensação incômoda provocada pelo calor.

Uma das recomendações é fazer a troca periódica da água do animal. “Se der pra misturar água gelada com a filtrada ou colocar alguns cubinhos de gelo, têm alguns animais que adoram”, relata.

Além disso, ela também indica que os tutores façam suco de frutas gelado, mas sem açúcar, ou picolés de frutas com água de coco ou iogurte natural desnatado. Mas nem todas as frutas são recomendadas: uva, carambola, abacate e cítricos (como laranja e tangerina) são frutas proibidas pelos veterinários.

Outra dica é fazer pequenas piscinas para que o animal fique deitado dentro delas e possa se refrescar. “A gente pode procurar no comércio alguns dispositivos [como os tapetes térmicos] para melhorar o bem-estar dos animais nesse período”, conclui.

Por: Ananda Oliveira, Lalesca Setúbal e Virgiane Passos
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