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Ação de conscientização sobre tireoide é realizada no HU-UFPI

A Semana Internacional da Tireoide começou na última segunda (20) e segue até o sábado, (25). Este ano, o evento aborda o tema "œTireoide e Gestação".

22/05/2019 09:17

Médicos e professores da área de Endocrinologia promoveram, nesta semana, uma ação de conscientização sobre tireoide no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), filiado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A mobilização integra a Semana Internacional da Tireoide, que começou na última segunda-feira (20) e segue até o sábado, (25). Este ano, o evento aborda o tema “Tireoide e Gestação”.

A ação foi idealizada pelos membros da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Piauí, que tem como presidente o endocrinologista do HU-UFPI, André Gonçalves. “O objetivo é orientar e chamar a atenção da população sobre as principais disfunções tireoidianas, fornecendo informações sobre a glândula, principalmente no período gestacional”, afirmou o Dr. André Gonçalves.

De acordo com a endocrinologista Patrícia Melo, que também integra o quadro médico do HU-UFPI, é importante o rastreio das doenças associadas à tireoide logo nos primeiros meses da gravidez. “Toda grávida, no primeiro trimestre, deve ser submetida a exames hormonais da tireoide para diagnóstico precoce e tratamento”, ressalta a Dra. Patrícia Melo.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

Os hormônios produzidos por essa glândula exercem papel marcante para o desenvolvimento saudável da gestação e do feto. Alterações da função tireoidiana durante a gravidez podem se associar com complicações maternas e fetais. Patrícia Melo exemplifica dizendo que problemas na tireoide aumentam os riscos de complicações obstétricas, abortamento e má formação fetal. “Pode haver, inclusive, comprometimento do desenvolvimento neurológico da criança”, alerta a endocrinologista.

Paciente do HU-UFPI, Maria do Socorro Alves, 51 anos, residente na cidade de Floriano, conta que há dois anos faz tratamento por ter apresentado “um problema na tireoide”. Acompanhada pela Dra. Patrícia Melo, Socorro diz que o tratamento adequado, a medicação orientada e a disciplina do paciente são fundamentais para que a pessoa conviva, com êxito, com a disfunção na glândula. “Contar com uma especialista que entende o que sinto, que sabe o que está acontecendo comigo e toma as providências corretas é muito importante”, afirma Socorro Alves.


Maria do Socorro Alves - Foto: Divulgação/Ascom

Hospital-escola -  Os alunos da disciplina de Clínica Médica, do 5º. período de Medicina da UFPI, também atuaram na ação de sensibilização. A estudante Ana Letícia de Oliveira visualiza a vantagem de vivenciar casos no âmbito do HU-UFPI. “Quando participamos, por exemplo, de uma campanha como essa dentro de um hospital-escola, materializamos o conhecimento visto nos livros. É uma experiência que marca nossa formação como futuros profissionais”, observa.


Ana Letícia de Oliveira visualiza a vantagem de vivenciar casos no âmbito do HU-UFPI - Foto: Divulgação/Ascom

Tireoide

A tireoide é uma glândula em forma de borboleta, localizada na base do pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão.

A endocrinologista Patrícia Melo ressalta que essa glândula age controlando o metabolismo do corpo humano. “É fundamental, para a saúde humana, que o funcionamento dessa glândula ocorra com normalidade, uma vez que disto depende, por exemplo, o crescimento e o desenvolvimento de crianças e adolescentes, a regulação do ciclo menstrual, a disposição física e o êxito das atividades que exigem concentração”, destaca.

A glândula é responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do organismo humano. Quando a tireoide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso, gerando o hipertiroidismo, ou em quantidade insuficiente, surgindo, então, o hipotireoidismo.

“O médico endocrinologista é o especialista indicado para, por meio de exame clínico e exames laboratoriais, fazer o diagnóstico e definir o melhor tratamento”, pontua Patrícia Melo.

Outro problema ligado à tireoide são os nódulos. “Apenas 5% dos nódulos são malignos e o reconhecimento precoce pode minimizar as consequências da doença”, afirma a endocrinologista.

Ela coloca que a palpação da tireoide é, nesse caso, fundamental. “Esse exame é simples e fácil de ser feito. Uma vez identificado o nódulo, o endocrinologista solicitará exames complementares para confirmar ou não a presença do câncer, o que permitirá, a partir daí, os demais encaminhamentos”, conclui Patrícia Melo.

Fonte: Da Redação
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