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72% dos casos de violência contra crianças atingem menores de três anos

O Hospital de Urgência de Teresina (HUT), notificou 143 casos de violência contra menos de 12 anos

21/02/2018 12:37

O Hospital de Urgência de Teresina (HUT), notificou 143 casos de violência contra crianças menores de 12 anos. Os dados foram obtidos pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE), em 2017. Dentre os casos identificados, cerca de 72% foram crianças menos de três anos, quase 70% do sexo masculino e mais de 50% são casos vindo do interior do Estado. Ao todo, em 2017, no HUT foram internadas 2.601 crianças menores de 12 anos. 

De acordo com Rui Cipriano, gerente do NHE, é preciso cuidado para diferenciar os atendimentos e identificar os casos de maus tratos. “As crianças menores de três anos são mais vulneráveis às situações de maus tratos, pois não possuem força física nem emocional para reagir a esse tipo de situação. É preciso ter bastante conhecimento técnico para identificar esses tipos de casos e não deixar essas crianças desamparadas. Uma análise mais detalhada dos profissionais de saúde pode revelar, além dos traumas físicos, traumas psicológicos graves. São casos delicados que devem ter uma atenção especial”, revela.

As notificações de casos por negligência foi o "destaque" em 2017, representando quase 90% dos casos.  “A negligência é uma relação entre adultos e crianças baseada na omissão, rejeição, descaso, descompromisso do cuidado e do afeto e negação da existência. As quatro expressões mais visíveis da violência praticada contra crianças são a física, a sexual, a psicológica e a negligência. A vigilância desses agravos permite identificar os grupos mais vulneráveis à manifestação da violência e serve de orientação às ações de prevenção, cuidados e proteção para as vítimas, que nesses casos são as crianças”, afirma. 

Rui Cipriano explica que para detectar esse tipo de violência contra crianças a equipe do NHE faz, diariamente, um trabalho de busca ativa dentro do HUT. “Quando conseguimos identificar algum caso desses fazemos a notificação e encaminhamos para o Conselho Tutelar. O Conselho consegue fazer uma investigação mais detalhada da situação e, se for o caso, tomar as providências necessárias para dar continuidade ao processo”, finaliza.


Fonte: Da redação
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