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"œDesde a campanha, eu já era favorável a Bolsonaro", diz dra. Marina

Médica por formação, Dra. Marina também falou sobre seu futuro partidário, e mostra que o caminho natural é a saída do PTC.

02/11/2018 09:07

Deputada federal eleita pelo PTC, Dra. Marina, conversou com O DIA. Ela falou sobre os desafios da campanha eleitoral, as prioridades para seu mandato e afirmou que será da base de apoio do governo de Jair Bolsonaro. Ela comentou ainda que deve priorizar a defesa dos direitos das mulheres em busca de igualdade e ações na área da saúde. 

Médica por formação, Dra. Marina também falou sobre seu futuro partidário, e mostra que o caminho natural é a saída do PTC, que não alcançou a clausula de barreira. No entanto, ela diz não ter pressa para isso que o deputado Evaldo Gomes tem tratado sobre o assunto com outros líderes. Confira a entrevista!

A senhora disputou pela primeira vez uma eleição, e já conquistou um mandato de deputada federal. O que a motivou a ingressar na carreira política? Quais foram os principais desafios enquanto novata? 

A motivação é pelo clamor da população pela renovação em todos os aspectos, tanto na Câmara Federal quanto no Senado, a gente ouviu muito este pedido de renovação. Isso me motivou e veio um convite do Partido Trabalhista Cristão e eu hesitei um pouquinho, mas rapidamente aceitei. Analisei e vi as condições favoráveis para nossa candidatura. Entendo que como médico já trabalho servindo, cuidando das pessoas e esse cuidar eu posso estender a toda população. O principal desafio é a desacreditação, justamente por ser nova nisso.  Principalmente para o cargo de deputado federal, as pessoas perguntavam porque eu não ia para o cargo de deputado estadual. Eu dizia que meu objetivo era a Câmara Federal. Então o maior desafio era este de ser desconhecida, principalmente em Teresina, nunca tinha aparecido em televisão, nos meios de comunicação, que acabam ajudando os candidatos.

"Vou atuar pela melhoria da saúde e em defesa dos direitos das mulheres que lutam por igualdade"

Como dito, a partir de 2019 você assumirá uma cadeira na câmara federal em Brasília. Qual será sua prioridade durante os quatro anos de mandato? 

Eu sempre levanto algumas bandeiras.  Uma delas é a saúde, que é minha profissão, minha carreira, minha vocação, o dom de cuidar e servir. Então pela saúde tenho um olhar muito especial, ela é essencial na vida das pessoas. Temos também a bandeira das mulheres, que a gente entende que não chegamos ao patamar de igualdade de gênero, são essas bandeiras que a gente tem como muito especiais. Mas não vou me ater a somente isso, quero trabalhar e me envolver em tudo que for do bem comum do Piauí e do Brasil inteiro. 

“Desde a campanha, eu já era favorável a Bolsonaro”, diz dra. Marina. (Foto: Assis Fernandes/O Dia)

Deputada, o número de deputadas mulheres na bancada piauiense dobrou após aeleição deste ano. O que a senhora acha disso? Qual a importância de que esse espaço político tenha cada vez mais a presença feminina? 

Eu achei fantástico o resultado das eleições para as mulheres que disputavam cargos na Câmara Federal. Isso demonstra que no Piauí, na política, o povo não tem este preconceito com o fato das mulheres não ocuparem cargos públicos. Isso demonstra que os piauienses estão tentando entrar em igualdade de gênero e de respeito as mulheres e que tem respeito e confiam em mulheres. Eu achei extraordinário isso. Sentimos essa receptividade durante a campanha, inclusive dos apoiadores que vinham durante campanha, impressionante quando diziam a minha candidata é a Dra. Marina, médica, mulher, e me passavam como mulher sendo um aspecto diferente na política e eu sentia na relação com o eleitor em meio as caminhadas que as próprias mulheres se orgulhavam de votar em uma mulher. 

Apesar de ter sido eleita, seu partido não conseguiu superar a cláusula de barreira, que restringe o acesso ao fundo partidário e ao tempo de propaganda na TV. Tendo em vista isso, como fica sua situação partidária a partir de agora? 

Surgiu convites de vários partidos. A gente já sentou e conversou com vários deles, inclusive com o presidente nacional do PTC, e ele entende que a gente realmente tem que escolher o que seja viável pra gente. Ainda estamos amadurecendo as ideias, inclusive na próxima semana vamos ter encontro com o presidente nacional de um partido em Brasília e a gente vai sentar e ouvir o que realmente se adequa. É o presidente nacional do Solidariedade, o próprio deputado Evaldo Gomes, que é nosso presidente, já revelou isso. Ele já falou com o Patriota, não deu certo. Estamos vendo se o PTC vai se fundir com alguém. Como tem um certo prazo para resolver isso a gente aguarda um pouco e não temos pressa para resolver isso. 

Jair Bolsonaro acaba de vencer as eleições e será o novo presidente da República a partir do ano que vem. Qual será sua posição em relação ao novo governo? 

Desde o período de campanha já tinha me posicionado a favor do Bolsonaro porque tem que ter alternância de poder. Entendo que a gente clama muito pela segurança e ele tem pulso forte pela segurança, e a gente deu esse voto de confiança para Bolsonaro e vamos apoiá-lo, seremos situação e estaremos lá para defender nossas bandeiras, o Piauí junto a presidência.

O presidente eleito tem uma agenda de reformas que ele quer implantar no país? A senhora tem uma posição formada sobre elas? 

Aquilo que for apresentado para a gente, nós vamos estudar, se inteirar, ouvir, e entender o que se adequa melhor a nossa consciência e as nossas vidas. No Piauí temos um governador adversário político do presidente eleito. Talvez isso pode não tornar a relação do estado com o governo federal tão amigável. 

Como a senhora pretende trabalhar para trazer recursos ao estado, tendo em vista este cenário? 

Eu acredito que o governador é uma pessoa que não começou agora na política. Ele sabe como as coisas funcionam. E eu acredito muito que com o tempo não vai ter essa rivalidade. Isso foi do processo eleitoral, não estou dizendo que eles serão aliados políticos, mas acho que não terá perseguição do Bolsonaro ao Piauí.  A partir do momento em que as eleições encerraram, a gente tem que pensar pelo bem comum da população. Nós fomos eleitos para todos e não deve ter essa rivalidade. Eu acredito que vai ter muitas parcerias porque elas tem que acontecer. Senão como é que o Piauí vai sobreviver quanto a isso. Vamos ter sim que se alinhar ao governo federal.

Edição: João Magalhães
Por: Breno Cavalcante
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