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Youtuber pago pelo MEC fez posts racistas, homofóbicos e machistas

Lukas Marques foi um dos youtubers contratados por R$ 295 mil pelo MEC. Usuários do Twitter relembraram posts antigos do 'influenciador digital'.

17/02/2017 18:18

O youtuber Lukas Marques, proprietário de um dos seis canais contratados pelo Ministério da Educação (MEC) para defender a reforma do ensino médio, pediu desculpas nesta sexta-feira (17) por posts antigos com conteúdo racistas e preconceituosos em seu perfil no Twitter.

As postagens na qual Lukas aborda temas como negros, mulheres e Nordeste, feitas principalmente entre 2012 e 2014, foram resgatadas por usuários da rede social após a repercussão de reportagens apontando que o canal "Você Sabia?" fez vídeo pago sobre a reforma do ensino médio.

Após a repercussão, Lukas publicou ainda, em seu perfil no Facebook uma defesa da ação conjunta com o MEC (veja o vídeo abaixo), e também, no Twitter, pediu desculpas pelos posts antigos que foram recuperados pelos usuários da rede social.


"Sobre meus tweets antigos, eu peço desculpas. Não é como eu penso e me arrependo de ter postado. Nunca tive a intenção de ofender ninguém", escreveu o jovem.

"Não vamos mais falar sobre esses dois assuntos. Agora é bola pra frente e fazer conteúdo legal pra todo mundo que gosta do Você Sabia", escreveu Lukas nesta tarde.

Abaixo, alguns dos posts antigos consultados pelo G1 antes de serem apagados:

O G1 entrou em contato com a Digital Stars, agência que intermediou o contato com o MEC e que gerencia a carreira do youtuber. Até a mais recente publicação da reportagem, a empresa não tinha se pronunciado sobre o tema.

Mais cedo, o MEC havia informado que o uso de influenciadores digitais era adequado para promover o debate sobre a reforma do ensino médio.

"Os canais de influenciadores digitais estão incluídos nas mídias digitais e complementam a estratégia de comunicação institucional visando a divulgação e esclarecimento sobre a reforma do Ensino Médio para público diverso e específico. No caso do Ensino Médio, o público alvo da campanha de divulgação e esclarecimento é jovem. Pesquisas apontam que 92% de jovens de 15 a 25 anos, de todas as classes sociais, utilizam este tipo de mídia para se informar.

As mídias digitais são uma realidade e a campanha institucional do MEC nestes canais é adequada, legal, barata e eficiente para atingir o público-alvo do Ensino Médio."

Fonte: G1
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