Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Wellington Dias reclama de privatização e propõe reaver Cepisa

O governador não concorda com valor de R$ 50 mil, estipulado pela União para venda da estatal elétrica

29/06/2018 06:41

O governador Wellington Dias (PT) se reuniu com representantes do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Fe­deração Regional dos Urbani­tários do Nordeste e Sindica­to de Urbanitários para tratar da privatização da Eletrobras-PI. Na oportunidade, ele re­chaçou a avaliação de valor da empresa dada pelo Governo Federal e declarou que, caso o preço se mantenha, o estado tentará reaver a Cepisa.

“O governo paga pela mé­dia, que dá em torno de R$ 300 milhões, na hora da ven­da estão vendendo por R$ 50 mil. Se for por esse valor o Es­tado vai comprar, iremos nos apresentar, primeiro como dono, porque lá atrás pagaram o estado com um empréstimo junto ao BNDES e se pagou a caixa, esse empréstimo o Estado ainda está devendo, a outra parte, 20%, é do Esta­do”, disse o governador.

De acordo com Wellington, além de estarem propondo a venda da Cepisa sem o res­sarcimento ao governo do Estado, o valor avaliado pela União, de aproximadamen­te R$ 90 milhões, está muito abaixo do que a empresa real­mente vale, segundo ele, algo próximo a meio bilhão de reais. O governador pretende impetrar ações na justiça para impedir a venda da estatal.

“Se o ministro Lewando­wski, do STF diz que para vender uma empresa públi­ca é preciso a autorização do parlamento, então não é só do Congresso Nacional. No caso da Cepisa é preciso autoriza­ção do Estado do Piauí. Com base nisso autorizei nossa Procuradoria a ingressar com novas ações, junto ao Supre­mo e ao Tribunal de Contas da União, para que temos o cumprimento da Constitui­ção”, explicou Wellington.

O chefe do Executivo ainda ressaltou que a Cepisa, com base nas informações dadas pelo próprio presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, é uma das empresas mais eficientes do país, e ga­rantiu que os investimentos para ampliação e melhoria do serviços podem ser feitas a partir de financiamentos tal qual são fornecidos ao setor privado.

Por: Breno Cavalcante - Jornal O Dia
Mais sobre: