O teresinense que depende do transporte público amanheceu esta segunda-feira
(03) pagando mais caro para poder ir e vir. É que o valor da passagem de ônibus
na Capital foi reajustado de R$ 3,85 para R$ 4,00 a inteira; e de R$ 1,28 para
R$ 1,35 a meia.
No entanto, a planilha do aumento que foi aprovada pela Prefeitura está sendo contestada por um representante do Legislativo Municipal junto aos órgãos fiscalizadores como o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) e o Ministério Público Estadual (MPPI).
O vereador Edilberto Borges, o Dudu (PT) protocolou ofício nos dois órgãos solicitando que as entidades possam intervir junto à PMT ao Setut (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Teresina) e suspender a planilha de aumento da passagem de ônibus.
Vereador Dudu (PT). Foto: Assis Fernandes.
Dudu afirma que o reajuste proposto é algo abusivo e lesivo para a população da nossa cidade. “O sistema de transporte público a cada ano vem oferecendo serviços de péssima qualidade para os usuários. Não merecia nem ser mantido o preço atual, mas sim ser reduzido o valor da tarifa. Por isso, protocolei o ofício explicando a situação e solicitando ao MP-PI a realização de uma intervenção”, afirmou.
Em nota, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que o reajuste da tarifa do transporte coletivo é previsto em lei com “base na planilha dos insumos composta por índice de inflação, preço do combustível e variação do preço do veículo”.
O superintendente da Strans, Weldon Bandeira, explicou que o aumento da passagem não é interessante para nenhuma das partes: gestão municipal e usuários.
“Com o aumento da tarifa se afugenta os usuários do transporte e, diminuindo a quantidade dos usuários, se torna um ciclo vicioso tendo que se aumentar toda vez a tarifa, para compensar a perda. Então não é interessante o aumento da passagem. Estamos tentando com os investimentos atrair ao máximo o usuário do transporte coletivo da cidade” explica.
O Portal O Dia entrou em contato com o Ministério Público, mas até o momento não tivemos retorno. A reportagem também tentou esclarecimentos com o Tribunal de Contas do Estado (TCE), mas sem sucesso. O espaço permanece aberto para posicionamentos sobre o ofício protocolado pelo parlamentar.
Por: Maria Clara Estrêla, Breno Cavalcante e Jorge Machado