A polêmica envolvendo o reajuste da verba indenizatória para vereadores da Câmara Municipal de Teresina segue repercutindo nos bastidores do legislativo. Após  a sanção do Prefeito de Teresina ao projeto de lei n° 5721, que aumentou em quase R$ 7 mil o valor mensal para os vereadores, o presidente da casa, Jeová Alencar (Republicanos) se manifestou novamente na manhã desta quinta. Jeová rebateu as críticas feitas pelo também vereador Ismael Silva (PSD) que alegou desrespeito ao rito da casa na votação do projeto.

Em uma publicação nas redes sociais Ismael ratificou o seu posicionamento pelo controle de gastos da máquina pública e negou que tenha votado a favor da matéria. “Não votei favorável a nenhum aumento de verba indenizatória da Câmara Municipal de Teresina, afinal, tenho economizado acima de 50% de tal recurso, todos os meses, desde o início do nosso mandato! Ademais, reafirmo meus compromissos com a economia de recursos e com a transparência de tais gastos, pilares fundamentais para promover o equilíbrio social e exercer um bom mandato”, publicou o parlamentar.

O PL 5721 aumenta de R$ 18.881,22 para R$ 25 mil por mês o valor da verba indenizatória que os vereadores têm direito. Na prática os parlamentares utilizam esse montante para atividades relacionadas ao mandato e o funcionamento do gabinete. Serviços como assessoria de comunicação, jurídica, contabilidade, aluguel de veículos, dentre outras atividades.

Em defesa dos vereadores, Jeová Alencar afirmou que a verba não era reajustada há oito anos e insinuou que Ismael estaria se preocupando com a vida de outras pessoas. “Respeito a opinião contrária de qualquer vereador. Estamos aqui há oito anos sem praticamente nada. Sabemos do esforço e do trabalho e do esforço do vereador. Regime de urgência especial não precisa estar na pauta, a gente quando quer mandar em muitas vidas a gente monta uma granja”, disse o presidente da Câmara. 

FOTO: Arquivo O DIA