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"Vamos fazer o Piauí alcançar um alto Índice de Desenvolvimento Humano"

Wellington Dias fala dos desafios que vai enfrentar nesta ges­tão, promete levar o estado a alcançar um alto índice de De­senvolvimento Humano.

19/10/2018 10:10

Recém eleito para o quarto mandato para chefe do Executivo do Estado. Wellington Dias fala dos desafios que vai enfrentar nesta ges­tão, promete levar o estado a alcançar um alto índice de De­senvolvimento Humano e que tem consciência da necessidade de tomar medidas amargas para fazer o estado passar pela crise econômica. O governador também comenta a marca que pre­tende deixar como governador e faz um balanço do governo.

O governador comentou a marca que pre­tende deixar como governador e faz um balanço do governo. (Foto: Assis Fernandes)

O DIA: Governador, estamos come­morando o dia do Piauí, quais são as contribuições que o se­nhor acredita ter dado ao longo desses seus três mandatos fren­te à gestão do Estado?

Todo o esforço que trabalhei, e não se faz nada só, é de liderar outros líderes, do setor público e do privado. Fazer um projeto, ter uma meta a ser alcançada ano à ano, nas mais diferentes áreas. Para ter uma noção, são 92 pro­gramas para que possamos alcan­çar a condição de lugar desenvol­vido em um conceito nacional e internacional, medido através do Índice de Desenvolvimento Hu­mano (IDH) e através do Índice DINE, com menos desigualdade que é outro objetivo. Então, para que eu tenha isso, eu preciso de­senvolver a educação, a expectati­va de vida e a renda, para desen­volver a educação eu tenho vários programas, de alfabetização para quem não pode estudar, de pro­fissionalização de adultos e para quem faz a educação básica e re­gular voltado para que as pessoas tenham a educação superior, são vários programas. Agora criamos o programa Certifique, onde o Estado reconhece um talento de alguém com baixa escolaridade, fazemos a certificação. Eu preci­so que as pessoas tenham uma média de vida melhor, então eu tenho que cuidar, tem programa na área da saúde alimentar, pro­gramas para medir a qualidade da água potável, garantir as con­dições de chegar energia para as pessoas tenham habitação ade­quadas. Como faço para reduzir a mortalidade infantil? Tenho que ter UTI neonatal, o programa de saúde da gestante, casas da ges­tante como implantamos agora. Na área da renda, estrutura, fa­zer mais estrada, pontes, energia, comunicação, tenho que garantir que aquele potencial que existe em uma região, para o turismo, comércio, para a área produção de alimentos, de frutas irrigadas, cria­ção de caprino e ovino, a produção de mel, então eu tenho que ter programas para potencializar isso, tenho que ter credito, financia­mento, uma política tributária ade­quada, a atração de investidores do Piauí, do Brasil e do mundo, então isso não acontece por acaso, o Es­tado tem um papel que é decisivo sobre isso, para fazer isso nos 224 municípios. Temos 12 territórios de desenvolvimento e agora nós vamos fazer uma forte qualificação para ter uma coordenação em cada uma das 12 regiões do Estado.

O DIA: O senhor acaba de sair vitorioso de mais uma disputa eleitoral.Qual a marca o senhor pretende deixar ao término do seu gover­no em 2022, que pretende ser reconhecido pelos piauienses?

Uma marca única. Quero ser lembrado, sem nenhuma vaidade, e repito que não se faz nada sozi­nho. Um Estado que tinha muito baixo desenvolvimento, era um Estado muito atrasado em 2002, 2003 e em 20 anos, ou seja, 2022, alcançou uma posição de alto de­senvolvimento. Quando o IBGE percorrer o Brasil em 2020, nós já vamos, ou ter alcançado ou estar muito próximos de um IDH, que era de 0,4, alcançado 0,7, que sig­nifica alto desenvolvimento, cami­nhando para muito alto, o próximo desafio de outras gerações. O Bra­sil alcançou, no governo do Lula, em 12 anos isso, mas para isso fal­tava muito pouco, já era 6,7 e foi para um pouco mais de 7 no IDH e passou para a alto desenvolvimen­to, agora caminha para 0,8, alguns estados já alcançaram, que é muito alto, e o Piauí era 0,4, nossa situa­ção era igual ao de Serra Leoa,um dos países mais pobres do mundo, então, isso é uma tarefa que não é simples, e eu coloquei o talento que Deus me deu, o conhecimen­to que tive a oportunidade de ter, a experiência de vida, enfim, tudo, apostando que isso era possível, e será possível e vamos alcançar, eu espero, neste mandato.

O DIA: Ao longo da campanha o se­nhor sempre afirmou que queria a oportunidade de um quarto mandato para fazer um governo diferente dos anterio­res. Quais foram os pontos po­dem ser avaliados como positi­vos e em quais o senhor deixou à desejar enquanto governador do Estado?

Nós temos o Estado hoje mais moderno do que tínha­mos, um Estado que era o que era na saúde e hoje trabalha com a telemedicina, que era muito atrasado em educação e hoje têm educação profissio­nalizante em todos os municí­pios e boa parte já com ensino superior. Um Estado que tinha uma economia vergonhosa, ela gerava R$ 7 bilhões de Produto Interno Bruto (PIB) e vamos fechar esse ano na casa dos R$ 50 bilhões, e vamos ter que al­cançar R$ 75 bilhões até 2022, se quisermos ter uma média de renda considerada para efeito de lugar desenvolvido. É preci­so analisar as conjunturas, por­que não somos uma ilha, o que acontece com o Brasil, como foi esse período agora, de 2016 para cá foi muito ruim, mas se você olha o que conseguimos fazer em 2015 e 2016 foi mais do que fizemos em 2016, 2017 e 2018, por conta dos problemas que teve na mudança, não só do comando do Governo do Brasil, mas o rumo da economia. Tem um desafio gigante, que ainda não consegui solucionar, que é a previdência. Ela é o maior dos desafios do Piauí, do Brasil, e de muitos lugares do mundo.

O DIA: Para finalizar, o senhor tem alguma consideração impor­tante neste 19 de outubro, não só aos seus eleitores mas para todos os piauienses?

Uma mensagem de gratidão e agradecimento pelo voto de confiança que o povo me dá. Eu sei que não é fácil alguém ter a confiança do povo para um quar­to mandato e quatro vezes no primeiro turno. Não recebo isso com sapato alto, com orgulho, no sentido de vaidade, recebo isso com muita, muita responsabilida­de. Quero abraçar este mandato com muita força, para ser ainda melhor, como eu disse em cam­panha, para que alcancemos esse objetivo. Tenho consciência de que sou parte de um time, de uma geração, que encerra um ciclo. Outras gerações já surgiram, têm novos líderes. É outro Piauí e será ainda melhor em 2022. Quero, quando chegar lá, entregar a faixa de governador numa condição muitas vezes melhor que aquela que recebi em 2003. Sei que as pessoas depositaram essa con­fiança, terei de adotar medidas duras, lidar com desafios grandes, mas terei a coragem que recebi no voto do povo para fazer o que for melhor para o nosso Piauí alcan­çar desenvolvimento.

Por: Breno Cavalcante e João Magalhães - Jornal O Dia
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