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Temer perdeu condições de aprovar reforma, diz consultoria internacional

Eurasia Group, especializada em risco político, não espera que presidente termine mandato e avalia que andamento de votação dependerá de 'como as ruas vão reagir'.

18/05/2017 09:58

Presidente Michel Temer, em foto de 7 de março de 2017 (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Presidente Michel Temer, em foto de 7 de março de 2017 (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

A consultoria internacional de risco político Eurasia Group afirmou que o presidente Michel Temer "perdeu as condições de continuar a negociação pela reforma da Previdência" por conta de acusações de que ele atuou para obstruir a Justiça.

Em nota divulgada na noite desta quarta-feira, o grupo ponderou, no entanto, que "ainda é prematuro concluir que a reforma está morta".

Segundo a consultoria, coordenada pelo especialista em risco político Ian Bremmer, a negociação da reforma dependerá de se encontrar um caminho para sair da crise política.

O grupo internacional comenta que se forem confirmadas as alegações de que Temer deu aval para compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha, preso em Curitiba (PR), "é improvável que (Temer) termine seu mandato".

Mas conclui dizendo que "a queda de Temer não precisa ser equivalente à queda das reformas".

O grupo acredita que o calendário de votações, previsto para daqui a duas semanas, será "inevitavelmente atrasado". No entanto, afirma que "qualquer presidente eleito pelo Congresso terá fortes incentivos para colocar a reforma da Previdência de volta aos trilhos".

Uma possível renúncia ou impeachment de Temer abre precedente para uma eleição indireta na qual parlamentares escolheriam o novo presidente. A oposição e movimentos nas redes sociais, enquanto isso, pedem eleições diretas.

Neste contexto, o grupo internacional acredita que o andamento da votação da reforma "dependerá de como as ruas vão reagir". E ressalta que o Congresso reagirá à opção de eleições diretas por várias razões, entre elas as chances de fortalecimento político do presidente Lula em meio à crise econômica.

Fonte: G1
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