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Temer e aliados colecionam frases polêmicas durante a semana

Presidente, ministros e parlamentares foram criticados por falas; no Dia da Mulher, por exemplo, Temer disse que só elas são capazes de indicar 'desajustes' nos preços do supermercado.

11/03/2017 09:11

A semana foi marcada por frases polêmicas do presidente Michel Temer e de aliados dele sobre temas como o Dia Internacional da Mulher, a reforma da Previdência Social e a Justiça do Trabalho. Algumas dessas frases repercutiram de forma negativa, principalmente nas redes sociais. O G1 selecionou algumas. Relembre abaixo:

Mulheres

Na quarta (8), Dia da Mulher, Temer organizou um evento no Palácio do Planalto para anunciar novas diretrizes de humanização do parto normal. No discurso, ele afirmou que somente a mulher é capaz de indicar os "desajustes" dos preços no supermercado.

 (Foto: Beto Barata/PR)  

No mesmo discurso, o presidente emendou:

 (Foto: Beto Barata/PR) 

E ainda acrescentou:

(Foto: Beto Barata/PR)

Aliado de Temer, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), avaliou em discurso no Congresso que a fala do presidente "não foi feliz", mas completou:

(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

No dia seguinte ao Dia da Mulher, diante da polêmica, o presidente usou o Twitter para falar sobre o assunto. Na rede social, Temer disse que as mulheres devem ter direitos iguais em casa e no trabalho. Ele disse ainda que o governo "fará de tudo" para que as mulheres tenham mais espaço na sociedade.

Previdência Social

Mas as declarações sobre o Dia da Mulher não foram a única polêmica da semana. Ao promover um encontro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o presidente defendeu a reforma da Previdência Social e disse que quem "reclama" das propostas é quem ganha mais.

Entre outros pontos, o governo propôs ao Congresso idade mínima de 65 anos para homens e mulheres poderem se aposentar; contribuição por 49 anos para o cidadão ter direito à aposentadoria integral; e contribuição mínima de 25 anos para o INSS.

 (Foto: Beto Barata/PR)

Ao se reunir com deputados do PMDB para defender a reforma, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a Previdência é "muito generosa" no país.

 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) 

Presidente da comissão especial da Câmara que analisa a reforma, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que integra a base de apoio do governo, também defendeu a proposta de Temer nesta semana e completou:

 (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Justiça do Trabalho

Um dos principais aliados do presidente Michel Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta semana que a proposta de reforma trabalhista enviada pelo governo é "tímida" e deve ser aprofundada pelos parlamentares.

Ao criticar a legislação trabalhista vigente que, segundo ele, gerou desemprego e insegurança para os empregadores, Maia também disse que os juízes do Trabalho vêm tomando decisões "irresponsáveis" e que a Justiça do Trabalho "não deveria nem existir".

 (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) 

Influência de Cunha no governo

Aliado de Temer, o atual líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), acumulou uma série de troca de farpas com o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quando os dois eram presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente.

Nesta semana, Renan relatou à colunista do G1 e da GloboNews Cristiana Lôbo ter se reunido com o ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco e, nesta conversa, demonstrou contrariedade com algumas decisões do governo e ironizou o subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, ex-advogado de Cunha:

 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) 

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi submetido a uma cirurgia e se ausentou do trabalho nas últimas semanas. A previsão é que ele retorne ao Planalto na próxima segunda (13).

Nesta sexta (10), Temer falou sobre o assunto. À rádio CBN, o presidente declarou que "não há influência nenhuma" de Cunha sobre o governo. Horas depois, Renan Calheiros voltou a comentar o caso e disse que o Palácio do Planalto não pode ficar "exposto" ao grupo político liderado por Eduardo Cunha.

 (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado) 

Temer e a 'enchentezinha'

Ao inaugurar o Eixo Leste da transposição do São Francisco nesta sexta (10), em Monteiro (PB), o presidente Michel Temer afirmou no discurso esperar "uma ou outra enchentezinha" na região até o fim do governo dele.

 

(Foto: Beto Barata/PR) 

Venezuela

Logo após tomar posse como novo ministro das Relações Exteriores, na terça (7), o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) afirmou no Palácio do Planalto, após cerimônia, que a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, "não tem muita importância".

Delcy afirmou na segunda (6), em Caracas, que o Brasil é uma "vergonha mundial" ao se referir ao processo de impeachment de Dilma Rousseff no ano passado.

Ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, diz que chanceler da Venezuela não tem 'muita importância' (Foto: Beto Barata/PR) 

Lista de Schindler

Ao receber o cargo de Alexandre de Moraes nesta semana, o novo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, fez uma referência à lista de Schindler ao mencionar a chamada "lista do Janot" na Lava Jato.

A lista de Schindler, que se tornou mais conhecida após um filme de mesmo nome do diretor Steven Spielberg, reunia os nomes de mais de mil judeus ajudados pelo industrial Oskar Schindler. O empresário os abrigou na fábrica dele e evitou que fossem para campos de concentração na Alemanha nazista.

 (Foto: Isaac Amorim/MJSP)

Osmar Serraglio, em seguida, explicou ter feito menção à lista de Schindler porque "ninguém conhecia quem estava na lista de Schindler". "Ou seja, não sei quem está na lista de Janot. Então, de que adianta ficarem perguntando para mim o que você acha da lista de Janot? Não acho nada", acrescentou.

Fonte: G1
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