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Temer avalia anunciar novo ministério nesta sexta-feira

O nome mais cotado para assumi-la é o do ex-secretário estadual do Rio de Janeiro José Beltrame

16/02/2018 08:27

 O presidente Michel Temer avalia anunciar nesta sexta-feira (16) o novo Ministério da Segurança Pública. Para tentar reduzir críticas sobre a criação de uma nova pasta, a ideia é que ela seja criada em caráter extraordinário, ou seja, com prazo de validade e seja extinta quando arrefecer a crise na segurança pública.

O mesmo modelo foi adotado pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. O formato da pasta foi discutido na noite da quinta-feira (15) pelo presidente com a equipe ministerial e com os presidentes da Câmara e do Senado. Na reunião, a equipe econômica apresentou dados sobre o impacto da nova estrutura para a máquina pública. A ideia é que um novo encontro seja promovido nesta sexta-feira (16) para fechar o formato da pasta.


Com prazo de validade, a ideia é que a nova pasta amenize a crise na segurança pública. Foto: Beto Barata/Reprodução/PR

O nome mais cotado para assumi-la é o do ex-secretário estadual do Rio de Janeiro José Beltrame. Segundo a reportagem apurou, Temer escalou auxiliares presidenciais para convidá-lo. A indicação dele conta com o apoio dos ministros palacianos e das bancadas carioca e gaúcha do MDB na Câmara.

Além de ser considerado um nome técnico e de prestígio na área, Beltrame é delegado aposentado da Polícia Federal. A aposta é de que a nomeação dele reduza a resistência na corporação com a eventual saída da Polícia Federal da Justiça. Nos bastidores, delegados tem criticado a mudança e afirmado que ela pode interferir nas investigações em andamento.

Pelo esboço feito pelo Palácio do Planalto, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional iriam para o controle da nova pasta, o que esvaziaria a Justiça. Temer também chegou a avaliar o nome do ministro Raul Jungmann, mas tem esbarrado na dificuldade em encontrar um substituto para o comando da Defesa.

O receio dele é de que uma troca possa causar revolta e desconforto com as Forças Armadas, que já manifestaram contrariedade em reunião com o presidente na quarta-feira (14).

A criação da nova pasta faz parte de estratégia do presidente de criar uma marca para seu governo na área de segurança pública. Segundo pesquisa interna do MDB, o tema é um dos que mais preocupa os brasileiros para o processo eleitoral deste ano.

A ideia do presidente, que cogita disputar a reeleição neste ano caso melhore seus índices de aprovação, é de se antecipar ao pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que já disse que criará a pasta caso seja eleito presidente.

Fonte: Folhapress
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