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'Sou a liderança, mas não sou a dona da Rede', diz Marina Silva

Ainda sem vice, Marina afirmou que está dialogando com PV, do médico sanitarista Eduardo Jorge, que em 2014 foi candidato à Presidência pela legenda.

01/08/2018 08:58

A pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, não vê "incoerência nenhuma" em formar alianças que contradizem as orientações das coligações na campanha presidencial da sigla. Em seus discursos, a candidata critica o que chama de "velha política", apesar de seu partido estar junto a legendas como DEM e PSC.  "É aquele princípio que estabelecemos na Rede de que os estados têm autonomia", afirmou. "Eu tenho que ser coerente com aquilo que eu defendo. Um partido que tenha a sua autonomia nos estados, que tenha as suas direções." Nesta terça (31), Marina foi a primeira entrevistada do Central das Eleições, programa da GloboNews.

Marina afirmou que está sendo criteriosa com suas alianças, mas que não é a única a tomar as decisões da legenda. "Eu não sou a dona da Rede. Sou a liderança, mas não sou a dona. Dou a minha opinião. Se sou ouvida, ótimo. E muitas vezes eu sou." Durante a entrevista, a pré-candidata confirmou que no Rio de Janeiro defendia a candidatura do deputado Miro Teixeira (Rede) a governador, mas ele preferiu fechar uma aliança com a chapa do pré-candidato Romário (Podemos-RJ) e disputar o Senado. "Eu respeito a decisão dele."

Como revelado pela Folha de S.Paulo, o acordo entre a Rede e o Podemos foi feito contrariando o desejo da presidenciável. Ela tem uma aproximação maior com o pré-candidato Rubem César (PPS), fundador da ONG Viva Rio, mas a candidatura do antropólogo perdeu força com as movimentações nacionais.

Foto: Reprodução
EDUARDO JORGE

Ainda sem vice, Marina afirmou que está dialogando com PV, do médico sanitarista Eduardo Jorge, que em 2014 foi candidato à Presidência pela legenda -quatro anos antes, em 2010, Marina disputou a corrida eleitoral pela legenda. O convite para que o PV indicasse o nome do vice foi feito neste sábado (28).  À Folha, Eduardo Jorge afirmou, nesta terça (31), que deve aceitar ser vice de Marina, se essa for a decisão do PV. "Mas, por enquanto, eu sou pré-candidato a deputado estadual", disse. 

"Não tem lógica que dois partidos tão semelhantes fiquem separamos numa situação [do país] tão complicada. A minha posição, neste tempo todo, é que nós, do PV, deveríamos dar um apoio incondicional [a Marina]. Incondicional. Nós vamos apoiar a rede a a Marina porque ela é a melhor e porque tem o programa mais próximo do nosso."  A decisão do PV deve ser apresentada ainda nesta semana. 

PROPOSTAS

Sem citar nomes, a ex-senadora disse que há candidatos fazendo a bravata de que o cidadão deve estar com arma na mão para defender sua propriedade, sua família e seus bens. "Acho que as pessoas [eleitores] vão começar a pensar."

Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL, é um dos principais defensores do porte de armas. Uma de suas marcas é o gesto de uma arma empunhada. Na convenção que oficializou seu nome, na semana passada, Bolsonaro pegou uma criança no colo e a ensinou a simular uma arma com as mãos. A atitude foi criticada por presidenciáveis, entre eles Marina. 

"Você vai eleger um presidente da República para você dizer para o cidadão: 'Agora defenda-se você com a sua família'? Isso não é razoável", disse Marina durante a entrevista na GloboNews.

Fonte: Folhapress
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