A candidata Sônia Guajajara, vice na chapa presidencial de Guilherme Boulos (PSOL), cumpriu agenda ontem (24) em Teresina e defendeu a democratização do acesso a terra como forma de garantir direitos sociais aos trabalhadores, produtores, indígenas e toda a população. Sônia, primeira índia a compor uma chapa presidencial, falou em estipular um teto para propriedade privada de terras e criticou o momento político atual brasileiro, apontando para segundo ela, um avanço do fascismo e autoritarismo no país.

A candidata também criticou uma contradição da opinião pública, que segundo ela, ao mesmo tempo em que cobra melhoria dos serviços públicos, apoia uma agenda retrógrada na esfera social. “Estamos vendo jovens pedindo o combate a violência, mas são favoráveis as armas nas mãos da população”, diz ela, acrescentando a necessidade de políticas sociais.

Sônia é a primeira mulher indígena a compor uma chapa presidencial. Foto: Reprodução/ Agência Senado

Guajajara e Boulos tem cumprido agendas nas principais cidades do país. Em coletiva, ela ainda defendeu a resistência de lideranças dos movimentos sociais, que segundo ela, trazem esperança para combater as desigualdades e enfrentar os privilégios.

“O Nordeste é carente na questão da água, por exemplo, há uma guerra que precisamos vencer que é contra a privatização das águas por parte de grandes empresas, temos que combater a privatização de bens comuns, a gente tem um promisso amplo com o acesso gratuito das pessoas aos bens sociais”, argumentou ela, acrescentando que é preciso investir em creches, unidades básicas de saúde e utilizar o dinheiro público para cuidar das pessoas.

Sônia Guajajara também participou de um evento político na Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí, ao lado da candidatura a governadora pelo PSOL no Piauí, Sueli Rodrigues.

Por: João Magalhães e Zan Viana