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Sondado pelo Planalto, Maia rejeita abrir sessão com 257 deputados

Maia entende que uma votação como esta, de uma denúncia contra o presidente da República, precisa ter quórum alto - de, pelo menos, 342 votos, ou dois terços dos deputados.

13/07/2017 09:42

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rejeitou iniciar a sessão que vai votar a denúncia contra o presidente Michel Temer com 257 deputados. O pedido foi feito nesta quarta-feira a Maia por governistas, mas ele já rechaçou a ideia a aliados.

Maia entende que uma votação como esta, de uma denúncia contra o presidente da República, precisa ter quórum alto - de, pelo menos, 342 votos, ou dois terços dos deputados.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (Foto: Divulgação)

A estratégia do governo era começar a sessão com 257 deputados e esperar a oposição registrar presença depois. Com isso, pelos cálculos do Planalto, haveria o voto de 360 deputados.

Para a sessão da denúncia ser válida, 342 deputados precisam votar. Mas o Planalto não acredita ter os votos necessários ainda em plenário contra a denúncia.

Já Maia defende que a sessão só seja iniciada com quórum alto, de 342 deputados. Depois, a oposição registraria presença - o que levaria a 460 deputados votando, nas contas de aliados do presidente da Câmara.

Como publicou o blog de Gerson Camarotti, assessores jurídicos do Palácio do Planalto já alertaram que o quórum de 257 deputados para iniciar a votação da denúncia pode ser questionado no Supremo Tribunal Federal.

Mesmo assim, o governo decidiu tentar essa estratégia pois tem pressa para votar a primeira denúncia. Quer encerrar esse caso antes de agosto para evitar o surgimento de fatos novos, como a homologação das delações do deputado cassado Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro.

Fonte: Blog da Andréia Sadi / G1
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