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Sinpoljuspi: Daniel recorre a 'falácias' para enganar servidores e a sociedade

Sindicalista ressalta que agentes penitenciários já comandaram uma das principais diretorias da Sejus, mas agora foram nomeados para cargos sem poder de decisão.

02/10/2017 13:50

O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljupis) voltou a criticar, nesta segunda-feira (2), o secretário de Justiça do Piauí, Daniel Oliveira, que anunciou mudanças nas diretorias do órgão.

Daniel Oliveira anunciou novos diretores da Sejus na manhã desta segunda-feira (Foto: Assis Fernandes / O DIA)

Vilobaldo Carvalho, diretor jurídico do Sinpoljuspi, afirmou que Daniel está tentando enganar a sociedade e os agentes penitenciários, ao dizer que a categoria está sendo prestigiada por ter dois representantes indicados para atuar na gestão da Sejus.

O sindicalista ressalta que os agentes penitenciários já comandaram uma das principais diretorias da Sejus, a Diretoria da Unidade de Administração Penitenciária (Duap), e agora foram nomeados apenas para a assessoria técnica, ocupando cargos de terceiro escalão na pasta.

"O secretário só pode estar é debochando da categoria, porque nós perdemos uma diretoria para um militar, e nos colocou em assessorias técnicas, que são cargos subalternos, sem poder de decisão. E o que ele [Daniel] está fazendo na verdade é comprovando que não tem respeito pela categoria. Está nos colocando em subfunções, que não são cargos estratégicos coisa nenhuma", afirmou Vilobaldo Carvalho.

O diretor do Sinpoljuspi afirma que, pela forma como está agindo, Daniel Oliveira não merece o respeito da categoria. Vilobaldo considera que as mudanças feitas pelo secretário na Sejus são uma "perseguição" à categoria.

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"Essa foi uma atitude de vingança, porque a categoria lutou por seus direitos. Lutou de forma legítima, legal, com a cabeça erguida, sem aceitar intimidações e pressões. E agora isso que ele fez foi, claramente, retirar a categoria de cargos estratégicos", pontua Vilobaldo, acrescentando que o secretário Daniel Oliveira recorre a "falácias" para enganar a categoria.

Além de reajuste salarial, os agentes penitenciários também cobram melhorias nas condições de trabalho, construção de novas unidades e reforma das já existentes, para diminuir a superlotação, além da nomeação de mais agentes penitenciários, em um número bem superior ao prometido pelo Governo.

Atualmente, há cerca de 700 agentes penitenciários no Piauí, cujo sistema penitenciário possui cerca de 4.600 presos distribuídos em 15 unidades.

Segundo Vilobaldo Carvalho, o ideal era que houvesse pelo menos 1.500 agentes penitenciários atuando no sistema.

Por: Cícero Portela
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